sexta-feira, dezembro 29, 2006

Vou-me antecipar

Parto hoje em direção à passagem de ano.
Vai ser a primeira vez que me vou antecipar na chegada de um novo ano. Festejarei com menos uma hora e na hora de cá, para não haver invejas, mas festejarei. Não sei muito bem o quê, porque quem inventou esta forma de contabilizar a passagem dos dias no calendário podia ter arranjado outra coisita. Fosse eu muçulmano e amanhã trabalharia de tarde e não perceberia o feriado a seguir à passagem de ano. Como malta avançada que deve ser já passaram o ano 5000 e continuam a achar que faz bem jejuar...
Festejo o que os outros festejam, qual Maria vai com as outras, fazendo o que os outros fazem, contando os dias, horas, minutos, segundos para enterrar um ano e começar a encavar o que se avizinha. Parece que algumas coisas vão mudar em 2007. Vago? Não! A Maya também o é e faz dinheiro com isso. Eu só tenho alguns projectos que gostaria de ver concretizados no ano que vem.
Para isso só queria que os dias continuassem a passar uns pelos outros, os segundos a passar os ponteiros dos minutos e por aí fora.
Quando forem 23 horas eu estarei a festejar, quando forem 24 também e se a noite correr bem, quando forem 1 e 2 e 3... também!
Até 2007.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

João Quadros

O moço tem piada.
É autor de alguns dos melhores pedaços de humor negríssimo que se ouviram ultimamente e principalmente não tem medo de fazer rir com a desgraça alheia, ainda que ela seja o Mantorras, o desastre de Entre-os-rios ou o 9/11.
O moço tinha um blog (http://aarmadainvisivel.blogspot.com) que foi extinto em 2005 e agora surge com um novo e aparentemente de sua única e exclusiva criação (http://omalestafeito.blogspot.com).
A ver.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Depois do Natal

Estupidamente tudo na mesma, mas com mais coisas cá em casa. A começar pelos papel de embrulho e a acabar nas prendas foleiras, menos foleiras e até engraçadas que deram à minha irmã.
O sonho da minha irmã no Natal é ter mais prendas do que anos na vida e de forma estranha ela consegue manter a tradição com um avanço cada vez maior. Este ano as prendas ganharam por 20 à idade e será de salientar que a senhora já passou dos 50...
A novidade este ano chamou-se Beatriz, o membro mais novo da família soube o que era o Natal pela primeira vez. Entre prendas, laços, bolachas e tudo o resto que havia no chão, a miúda fez a festa toda sozinha. Cada vez mais tenho a certeza que o Natal é dos com menos idade e dos que têm mais prendas...

sábado, dezembro 23, 2006

Natal

Porque é que a grande massa populacional deste país adere ao Natal? O cristianismo defende o dia 25 de Dezembro como o dia de nascimento do salvador, mas se não se for cristão, onde está a lógica de fazer deste dia uma festa? Somos uma nação cristã, por maioria e crédula por defeito e feitio.
Eu, pelo menos, sou não crente. Não acredito no que não vejo, ou pelo menos tenho muita dificuldade em fazê-lo e quanto a provas de fé, tenham paciência. Tenho 6 meses de aproximação ao cristianismo, fiz catequese durante esse tempo. Isto até uma colega minha dessas aulas ter sido atropelada quando saía da igreja... Onde estava Cristo que não parou aquele carro? Os crentes dirão que como não morreu Deus estava a olhar por ela, ou se morresse diriam também que Deus a chamou. É gente com grande capacidade de argumentação, ou de desculpas.
A minha mãe, a bom tempo, achou por bem cortar as minhas relações com Cristo e eu, embora seja baptizado, agradeci este virar de costas.
Por mais de uma vez na minha vida tive exemplos de que se há mais alguém para além de nós, deve ser uma pessoa de mente retorcida. Eu não gosto de retorcimentos. Mas até gosto do Natal, não pela causa cristã, mas pelas razões familiares.
São poucos os dias que dedico a lembranças de outros com quem já não estou há muito, não é por não me importar, acontece, e neste dia há possibilidade para estar com os que cá estão e de me lembrar dos que já não estão.
Seja por esta razão ou por qualquer outra, a todos os que entram neste blog (mesmo os americanos, costa-riquenhos, mexicanos, indonésios e a todos os que dominam a lingua de Camões, ou não, por essas e outras paragens) desejo um bom dia de Natal.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Assim não vale

Escrevo enquanto como porque deixei de saber o que são horas de almoço. Para escrever de forma verdadeira deixei de me regular pelo meridiano de Greenwich vai para algum tempo. Eles são entregas de prendas, jantares, festas de anos, trabalho, entregas de mobilia de cozinha (sim ainda não está pronta...) e não sei mais o quê.
Deparo-me agora com mais um objectivo que não deu para cumprir. Falta tempo para tudo!
Depois de ver o documentário "Uma verdade inconveniente" que me sinto muito mais sensibilizado para as motivações globais.
Isto se tiver tempo para pensar nas motivações pessoais, ou mesmo nas necessidades, o que nem sempre acontece...
E tenho pena. Ráis parta vidinha estúpida...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Isto não se faz!

Notícia do JN refere um crime inqualificável.
Pior do que roubar chupas a putos ou gamar os cães guias aos invisuais deste país, é cometer o gravissímo crime de extorquir quem não se pode defender. Em primeiro lugar, é jogador da bola (logo com recursos financeiros limitados e com grande capacidade intelectual), depois é africano (o que torna a comunicação com as forças da ordem pública um acaso) e por último tem uma deficiência motora (o que impossibilita a perseguição em caso de fuga).
De Pedro Manuel Torres, o Mantorras, conheço pouco, mas sempre que me lembro dele, recordo-me de pessoas com algumas limitações. Desde há uns 3 anos para cá que já não pode dizer que lhe dói o joelho, porque não dói aquilo que não se tem. Lembro-me que nos primeiros tempos de jogador do Alverca, o Mantorras, habitava num prédio onde ainda hoje moram os avós da minha namorada. Rapaz simpático, ajudava os vizinhos com os sacos das compras. Isto era numa altura em que ainda podia subir escadas, dado que o prédio carece de elevação vertical automática, elevador, portanto.
Pouco tempo depois mudou-se e aí contraiu um herpes labial que o impedia de jogar futebol (?) entre outras coisas, nomeadamente o sair de casa...
A partir daqui foi sempre a descer e culmina agora numa tentativa de extorsão! Isto, de facto, não se faz...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Por falar em bufadeiras...


A volvo tem um novo modelo. Dizem que se chama Volvo C30 e em época de Natal não era mal pensado se o modelo mais baixo não custasse mais de 27 mil euros, preço base...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

A minha vida mudou

Desde que descobri os Nespressos que a minha vida mudou e temo que hoje seja menos interessante...
Tenho o hábito de adquirir e de largar os próprios hábitos com alguma facilidade, excepção feita ao tabaco (Faltam mais ou menos 20 dias para fazer um ano smoke free). Durante algum tempo habituei-me a não tomar o pequeno almoço, depois a tomá-lo só na faculdade, depois a tomar só em cafés e desde há algum tempo que deixei-me ficar por casa e ia ao café, tomar o dito, ler o pasquim e ouvir as novidades.
Na última semana e graças à máquina da Nespresso que acabaram-se os cafés na rua e com isso deixei de saber as novidades. Sou hoje aquilo que se chama um rapaz casa-trabalho-trabalho-casa e ficamos por aí.
Isto faz que com deixe de ver lutas titânicas pelo correio da manhã, de ouvir velhas do Restelo que moram em Alverca e de me actualizar com as fofocas da zona.
Tanto é que aparentemente a agência do Montepio Geral, que se encontra no prédio ao lado do meu, foi assaltada no sábado e eu soube hoje! Mais grave é ter havido polícia de intervenção na rua e eu não ter notado, ou o meu carro estar estacionado à frente da agência e ter passado incólume. Afinal as duas bufadeiras até são discretas...

sábado, dezembro 16, 2006

A Desordem dos Médicos Veterinários


Nos últimos dias as minhas caixas de correio, a virtual e a concreta, têm sido premiadas com uma verdadeira luta pelo poleiro. A ordem dos médicos veterinários tem, pelos vistos, uma direcção que está agarrada ao lugar há 12 anos e parece que quer por lá ficar mais uns quantos. Somos perto de 4000 veterinários no país, cada vez seremos mais, cada vez há mais colegas à procura de um emprego decente (ou mesmo de um emprego...), cada vez mais colegas têm que se afastar do âmbito da medicina veterinária e começam a exercer funções fora da área, cada vez mais abrem faculdades de medicina veterinária sem que nada o justifique, cada vez mais a ordem faz menos em prol de todos.
Todos os anos me avisam que estou a dever 150 euros de quota, todos os anos eu pago e pergunto para quê? A resposta aparente passa pela possibilidade de ter um cartão que me possa dar o direito de exercer medicina veterinária. Todos os vets sabem que há quase colegas a exercer, que há pessoas não qualificadas a passarem por tal, que há gente que faz aquilo para o qual não está habilitada (e já alguns que têm cartão, enfim..). Como não há fiscalização, não me parece que haja obrigatoriedade na aquisição de um cartão de plástico por 150 euros. Ou na aquisição de uma placa de acreditação de clínica. O máximo que pode acontecer é o nome aparecer numa revista que ninguém lê...
Quem trabalha fora da área e é médico veterinário de profissão paga as quotas inúteis?
Escrevo só no que diz respeito na área da clínica de animais de companhia, não sei o que se passa fora dela, nem quero saber.
A mesma ordem tentou implementar o aparecimento de receitas e requisições normalizadas, como passaria a ser obrigatório, paguei mais 50 euros para ter um maço de cada. Duas semanas depois deixou de ser necessário valer-me delas. Se alguém quiser eu dispenso-as...
Agora a gota de água são as eleições. Uns dizem que há ditadura na ordem, outros dizem que estão a ser atacados, outros mandam petições para uma revolta, outros boletins de voto. Não voto nos mesmos, não quero saber deles, nunca me deram nada, não me defendem, nem dignificam a minha profissão. Os outros não tiveram direito a contar com os nomes nos boletins, por diferentes visões dos códigos da Ordem... Enquanto nos outros países todos estão a tentar evoluir, neste parvalheira andamos com lutas de comadres que se tratam por excelências e se ofendem barbaramente ao estilo da idade média, de onde duvido que saiamos.
A medicina veterinária acho que dispensa esta ordem, parece que a última não consegue largar-se da primeira. Não quero escrever mais sobre isto, não vale a pena.
Nem as moscas mudam, nem mesmo a merda, que tristeza.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Eu não queria mais, mas eles continuam a aparecer...

Vou começar a criar uma base de dados com todos os termos incompreensíveis, como a pixula, a estoquia, o microchispe, o microchifre, o gómito, a soltura, os diabretes, a diarrética, o ultalevu and so on, and so on...

Conversas


Ela: Vê lá se sabes a que cheira...
Ele: Num tou a ber!
Ela: Cheira lá como deve ser!
Ele: Parece que é a peido.
Ela: É mesmo, foi o teu de ontem à noite ao deitar.
Ele: Sua porca, então num labaste as máuns?
Ela: Tou a recolher provas para te poder fazer a folha.

Quem acredita no que a senhora diz, não poderá crer que a senhora viva de plena saúde os restantes dias do ano de 2006.
Será que o senhor é tão estúpido que se conseguiu apanhar por um rabo de saias 40 anos mais novo? Era a queda de um mito! E era uma queda bem lixada! Vou ficar à espera.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Restaurantes

Leio que fechou o restaurante "O Galeto". Este marco da restauração em Lisboa povoa o meu imaginário desde os anúncios dos parodiantes de Lisboa, que bastas vezes era obrigado a escutar. Conhecido por só fechar no 1º de Maio e por ter a cozinha aberta até às 2 da manhã, o Galeto fechou ontem por motivos relacionados com falta de salubridade de alimentos e de higiene da cozinha. Deverá abrir, depois da multa.
Desde que vi ratos no piso de restauração do Vasco da Gama e que um restaurante chinês foi fechado em Alverca porque tinha lá cães e gatos compartimentados na arca congeladora (juro que não tenho nada a ver com isto...), que acredito em tudo.
Só fui ao Galeto uma vez, tal como ao Nicola. Nunca fui à pastelaria Suiça (dá demasiado trabalho passar por senhoras de 90 anos armadas ao pingarelho, em mistura com moços dos PALOP que esperam a camineta para o suburbio), nem à Versalhes, ou mesmo à Brasileira, mas sempre tive estes cafés como emblema de outros tempos que é triste ver partir.
Não sou saudosista, mas depois de ver algums cidades, como Praga, em que tudo é preservado e onde se fomenta a vivência na cidade, chegar a Lisboa e ver o que se vê hoje em dia é demasiado triste.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Mais filmes

Depois da desgraça que foi o triste "Despertar da mente", tentei nova incursão pelo meio cinéfilo. A acabar os dias de exibição pelos cinemas está "Um ano especial", com Russell Crowe e de Ridley Scott, a mesma dupla que há alguns anos foi autora do épico "Gladiador". Este de épico nada tem, é um filme normal, sobre coisas normais, sobre escolhas que se fazem na vida.
Para mim os filmes têm que ser capazes de contar uma história boa. Os bons filmes contam boas histórias da melhor forma possível, passando isto por uma realização catita e por bons diálogos. Ridley Scott não é um, nada, mau realizador e Russell Crowe é capaz de ser um dos mais versáteis actores do momento. O filme não é muito bom, mas também não é nada mau.
Meus amigos Despertar-adicted, não me é parece muito verosímil a ideia de alguém por artes mágicas entrar na nossa cabeça para apagar aquilo que não queremos (re)ver. Ainda mais idiota se torna quando os flashbacks são um tudo ou nada sem sentido e muitas vezes vindos de nenhures. Isto acompanhado por diálogos dignos da casa amarela e temos um bom filme para fazer arder a lareira pelo natal.
Para finalizar aqui deixo uma foto do último Almodóvar. O meu bem haja.


PS - É impressão minha ou a Grey's Anatomy não é uma série assim tão boa?...
Pode ser que o Nicolau não se esqueça de mim este ano

Belas recordações, quando ainda acreditava no Nicolau e pensava que a vida era fácil. Ouvi dizer que não é difícil, nós é que a complicamos... Será?

domingo, dezembro 10, 2006

Isto hoje está difícil

sábado, dezembro 09, 2006

O adormecer da mente

Na quinta-feira à noite decidi acabar com o meu périplo pelas superficies comerciais em busca de prendas de natal. Como não consigo entrar na Fnac sem comprar nada, sai de lá abastecido com prendas e com um DVD de um filme que me tinha sido recomendado.
Os autores da recomendação não foram propriamente felizes em anteriores escolhas cinematográficas, mas decidi dar-lhes uma oportunidade, tal era a convicção com que diziam: "É muito bom!"
O filme em questão chama-se "Despertar da mente" e a pergunta que eu faço é: "porque é que eu dou ouvidos a estes gajos?"
Se alguém me conseguir explicar onde é que está a qualidade deste filme, eu agradecia.
Não sou grande fã do Jim Carey, reconheço um esforço do senhor neste filme, mas para além de esforçado, é um esforço vê-lo. Perceberam? Eu também não!
Farináceo e Mike, como não sabia o que fazer a 9,90 euros, o meu obrigado. Para a próxima é melhor deitá-los logo para o lixo...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Dia de notícias

Depois de ter aqui colocado links para 2 jornais nacionais, chegou à chafarica onde trabalho um belo exemplar de como não fazer jornalismo. Já dei voltas a todos os adjectivos que conheço e o único que encontro para melhor catalogar o jornal é: MAU!
De nome Gazeta Animal, este belo exemplar do mais alto jornalismo nacional consegue brindar-nos com pérolas como as das fotos que se seguem:




Se já era mau um artigo sobre ursos pandas que se estimulam sexualmente a ver ursos pandas a mandar umas pinocadas, o climax atinge-se com o artigo sobre o restaurante peniano. Ficamos a saber que bom mesmo será um cozido de pénis, que o melhor é o pénis de boi e que o pénis da foca canadiana é só por encomenda, entre outras informações extremamente úteis para quem quiser exprimentar.
Cá por mim, agradeço, mas estou sem fome!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Talvez um dia...

Tenho alturas da minha vida em que penso nas escolhas profissionais que fiz e, às vezes, não sei se me arrependo. Quando namoramos alguém e a dúvida nos apoquenta, a melhor solução será partir para outra. A profissão que se escolhe deveria ser para toda a vida, mas cada vez mais, menos são os que a mantêm para todo o sempre.
Sou o que se pode considerar um neo-conservador, não gosto de misturas ou mudanças. Se estou bem, vou ficando até me deixar estar.
Mas há sempre algo que remoi no que diz respeito às duvidas básicas. Será que arriscar a ser mordido, chegar a casa a tresandar a canídeo e a gatídeo, não ter horas fixas para nada, entre outras coisas, compensam o ecletismo da profissão que exerço?
Será que não estaria melhor noutro lado, com outros animais? A duvida persiste, umas vezes maior, outras mais pequena. A porta de saída deste problema está agora muito mais escancarada...

Outro site de notícias escreve que o preço do cancro de pulmão está pelas horas da morte.
É uma questão de fazer as contas e em vez de gastar num caixão, gastar em alernativas ligeiramente melhores.
Eu fumava 12-15 cigarros por dia, o que poupei em pregos para o caixão dá para ir beber uns copos valentes numa passagem de ano ligeiramente diferente.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

The End

Se o dia de ontem foi bem jeitoso, o de hoje quase que foi surreal. Nenhum dos otohematomas foi operado, um porque decidiu dar folga às plaquetas e outro porque decidiu dar uma "ligeira" dentada no dono quando este lhe ia por o açaime. O único desgraçado foi um Pastor alemão ao qual se subtrairam algumas vertebras caudais.
Entre dentadas e confusão, houve tempo para todo o tipo de notícias, as boas, as menos boas e as piores de todas.
Quando um médico diz a alguém que essa pessoa é inoperável, qual é o passo a seguir? Quando se passa assim uma sentença de morte, que tipo de sentimentos poderão subsistir? Estar bem e de repente descobrirem alguma doença já é mau, mas depois disso dizerem que não pode ser curada, que nem vale a pena tentar... Pior que isso é a pessoa em questão falar também a linguagem médica e perceber a dimensão do que se passa à sua volta e que em breve vai deixar de existir, não sabendo em que condições.
Eu só posso lamentar. E tratar dos que cá ficam.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Venham eles

Comecei a escrever neste espaço por variadas razões. O mês de Março de 2006 foi o pior em termos de resistência tagágica e as tensões laborais começavam a extravasar o limite imposto a mim mesmo. Os desabafos, stresses e lamentações eram canalizados, na grande maioria, para a vítima do costume e nessa altura pensei porque não aliviar-me em teclas de computador? Se há pessoas que fazem pior, eu vou escrever o que me vai sei lá onde! E assim começou. No início foi para consumo quase interno, e de repente recebo um comment de alguém que não sabia quem... Fiquei a pensar nisso. Se isto era um desabafo controlado, por alguma razão tinha passado as barreiras do círculo restrito de conhecedores. Ponderei deixar de escrever. Pensar que alguém que não conheço de lado nenhum lê o que escrevo e constatá-lo era, no mínimo, estranho. Mas isto até me faz bem. É quase como terapêutico.
Continuei a escrevinhar e coloco um Counter e um mapa com pontos vermelhos. Pouco tempo depois tenho uma quantas visitas por dia e bolas vermelhas no Brasíu, nos States, na Francia e em Cambridge. Alguns sei quem são, outros desconheço.
A escrita e o objectivo deste blog nunca vão ser para além desta novela de opiniões e vivências. Se isso interessa a alguém, não faço ideia. A mim faz-me bem. E quem vier por bem, é sempre bem vindo. (Não arranjei mais sítio nenhum onde a palavra bem calhasse bem...).
Estou à espera da primeira bola africana e da primeira bola asiática...

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Que dia...

De noite não dormi. Uma porra de uma tendinite no polegar direito faz com que acordasse umas 4 vezes e só me deixa dormir por volta das 7:30. Algum tempo depois, o desperta-a-dor.
Levanto-me atrasado, tomo banho à pressa e saio porta fora preparado para um dia que custou a acordar.
Chego ao trabalho e começa o dia que decidi chamar: "Se hoje a consulta fosse ao quilo a malta facturava comó caraças". Foram 2 Pastores Alemães, 1 Samoyedo, 1 Boxer, 1 Rottweiller, 1 Grand Danois, 1 Pitt, 2 Serras da Estrela e um rafeiro com 36Kg e mais uns quantos que todos juntos não faziam um destes.
Sem perceber como, sou atropelado por uma manhã de horror, almoço às 3 da tarde, e entro às 16 para sair depois das 21.
Depois de três dias de relax, parece que há algo que não permite uma entrada agradável na semana de trabalho e pimba! Toma lá!
Pior do que o dia de hoje irá ser o de amanhã. Os despojos de hoje foram 2 otohematomas (Pastor alemão com 60Kg e Pitt Bull com 35Kg) e uma cauda para amputar (Pastor Alemão com 45Kg). Amanhã vão ser operados e eu não quero estar lá para ver. Como detesto sofrer por antecipação...
Deixo para trás a clínica entro no carro. Ouço a TSF e a "Bancada Central". Alguém ao telefone elabora o seguinte raciocínio:
- O Miguel Garcia não sofreu falta, o Simão nem lhe tocou! Isto na minha optica de vista. Como o Sr. Fernando Correia sabe eu sou praticamente cego, mas tenho uma lupa que amplia a imagem que consigo ver da televisão e vi que ele nem lhe tocou"...
O meu dedo indicador direito desliza pelos botões do auto-rádio até encontrar aquele que diz CD Player e descanso.
Chego a casa e há pilhas de loiça de ontem para arrumar, pôr a lavar e desincrustar. Faço-o em esforço e sento-me, depois, à mesa para jantar os restos de ontem. Ligo a TV e aparece o Carlitos a dizer: "Se fosse no séc. XVIII seria Guarda Nacional Monárquica!". Óbvio disse eu (numa fase em que já falo sozinho). Não tão óbvio afinal. Parabéns miúdo!
Será que é aqui que o dia acaba? Espero acordar no domingo. Até lá.

Jantarada - parte 2

"Mais uma voltinha, mais uma viagem, é o carrocel do amor"... Ouvia esta frase bastas vezes nas feiras popularuchas que povoavam essas grandes localidades de Vila Franca de Xira e de Armação de pêra nos idos anos 90. Vem isto ao caso de, depois de uma noite razoavelmente conseguida, ter-me atrevido a colocar novamente em prática a minha capacidade de lidar com uma cozinha.
Esta noite o desafio chamava-se forno. O tal que não estava a trabalhar, mas afinal até estava. O animal a ser comido esta noite era um franganito do campo. Dizem os habituais convivas que estava bonzinho. Como a malta que hoje esteve cá em casa é de pouco alimento, metade do frango encontra-se ainda por estrear.
(Carlitos se ainda estiveres com fome, tens a porta desta casa aberta...).
Para arrematar o festim, os postres. Gelado, fruta e foundue de chocolate. Não necessariamente por esta ordem, dado que a certa altura era fondue de fruta e gelado com chocolate ou fondue de chocolate gelado com fruta ou, enfim... Bom, mas bom.
A cozinha teve à altura do fim-de-semana culinário e agora resta saber quando é que as pessoas que cá vivem voltam a dar à sola. A malta está convidada na próxima viagem, só para não variar.
Estas festividades dão um certo jeito, porque cozinhando só para dois jantares fico com comida para uma semana inteira.
Acho que até o porci vai ter direito a restos...

domingo, dezembro 03, 2006

Jantarada - parte 1

Foram algumas horas de trabalho para conseguir que tudo estivesse, no mínimo, tragável. Mas na hora marcada estava a comida toda pronta. A comissão de boas vindas estava pronta para o atraso da ordem...
Primeiro chegou o coxo dos concursos. Como é que um coxo consegue ser o primeiro a chegar? Porque a moça das reciclagens estava a fazer um bolo e, por acasos da culinária, a iguaria ainda não estava pronta, o que motivou a falta de pontualidade de metade das pessoas convidadas.
Cerca de uma hora depois do combinado, conseguimo-nos sentar à mesa. A grande maioria dos estômagos levou pouco para casa, excepto o coxo que, com os seus três compartimentos de armazenamento, conseguia ainda dar conta de mais um bifito ou outro que aparecesse. Coitado do moço ainda é capaz de ir dizer que passou fome aqui em casa. Agora pelo Natal daria, com toda a certeza, uma boa atração circense.
O moço de miraflores via-se estar nitidamente abatido com o problema fungico que assola o interior do seu veículo automóvel. Nada que um carro novo não consiga corrigir.
Já o pastelito de belém respirava confiança. Com que então foi preciso arranjar emprego, hem? Foi um bonito cumprimento à chegada...
Espero que o jantar tenha servido para, pelo menos, saberem vir cá ter. A porta estará aberta para vocês sempre que precisem e talvez mesmo quando não precisem.

PS - Na próxima vez sem miúdas o PES é todo nosso.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

O último cromo

Depois do discurso sem nexo do senhor da liga dos últimos (o coixo e tal...), do lampião alcoolizado (o pinto loureiro...), dos b's pelos v's dos munelhos de cavelos, e do curandeiro (das ursulas), chega o mais recente cromo desta coleção. Palavras para quê?

Insónias

Fui privado, por culpa própria, de uma noite de sono reparador. Há certas coisas que fazem falta para abrir certas outras coisas. Certas outras coisas que também se podem abrir com outras determinadas coisas que eu por não ter a primeira certa coisa não consegui ter acesso...
O meu agradecimento, por escrito, a quem me acompanhou nesta noite de forma voluntária!