quarta-feira, janeiro 31, 2007

Já chega!!!

Começou na passagem de ano. Uma ligeira irritação na garganta, uma ligeira dificuldade em respirar pelo nariz e de repente, a tosse, os espirros, o ranho, as insónias, as dores no corpo, o pingo do nariz que escorre sempre quando não deve, a comida que não tem sabor, o respirar de boca aberta. Depois de alguns dias assim, por milagre, fica-se curado.
Tive uma semana bem e de repente, uma ligeira irritação na garganta, uma ligeira dificuldade...enfim, já deu para perceber o que vem depois.
Ainda o mês não acabou e o que é que decide aparecer anteontem? Uma ligeira irritação na garganta...
O mês de Janeiro de 2007 fica a ser conhecido como o mês das constipações. Deverão passar muitos anos até que consiga a proeza de não curar uma para já estar enfiado noutra.
Acho que as minhas vias respiratórias gostaram da moda de fazer circular o ar por canais alternativos, ocupando de muco os mais convencionais.

domingo, janeiro 28, 2007

Vamos lá a ver se nos entendemos

No dia 11 de Fevereiro parece que os cidadão deste país vão votar. Os votos são secretos, mas quem vota pode optar por falar abertamente sobre eles.
O que se vai votar no mês que vem pode ter implicações desagradáveis para uns, mas bastante simpáticas para outros. Todos estes entram na recta final das argumentações estapafúrdias sobre o assunto, dizendo o que lhes apetece.
Se fossemos um país de pessoas não facciosas, de pessoas inteligentes, a pergunta que vai a votação nunca deveria ser a que se apresenta. Misturar a despenalização com a liberalização e fazer de tudo um bolo, levando à votação como um todo não faz, quanto a mim, o mínimo sentido. Quem aborta deverá ter as suas razões, mas abortar porque hoje acordou e lembrou-se que queria exprimentar fazer um aborto parece-me uma razão pouco substanciada. No fundo, a lei que se avizinha por trás da pergunta é a lei da desculpabilização.
Sou completamente contra a condenação de alguém, que tenha razões fundamentadas para abortar. sou completamente a favor do voto Não neste referendo.
As duas coisas são diferentes, mas tão diferentes que me é difícil perceber o sim das pessoas.
Não sou grande fã do professor Marcelo, gosto de o ouvir esporadicamente. Foi dos piores presidentes do PSD por culpa própria, mas possivelmente é o opinador mais sensato da nossa praça. Há relativamente pouco tempo lançou um blog e um vídeo que explicam o seu voto e o meu voto...

Viva o desacordo ortográfico



Parece que conhecem aquela senhora que partiu o quadro por causa do móvel grande e que ainda vem cá a casa de vez em quando...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Primeiramente

A primeira bola na China (no mapa do lado...)
Os primeiros dias este ano sem a minha chefe a dar-me cabo da cabeça.
Os primeiros dias com o telemóvel das urgências.
As primeiras análises sanguíneas à minha pessoa no século XXI.
A primeira vez que soube qual era o meu grupo sanguíneo.
A primeira vez no restaurante japonês.
A primeira sarna do ano.
O primeiro pulsoximetro.
O primeiro monitor cardíaco.
Algumas serão as primeiras e as únicas, outras as primeiras e as últimas e outras as primeiras de muitas entre outras.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Entrevista de vida

Tenho algum apreço por entrevistas de vida, se calhar porque ainda não tenho paciência para ler autobiografias.
O José Cid deu uma entrevista de vida ao Correio da Manhã. A conjugação destes dois nomes na mesma frase já inspira alguma prudência, mas ler a entrevista deve ter sido das maiores experiências de non-sense dos últimos tempos.
Confesso que não compreendo como é que se conseguem vender músicas em que se consegue colocar Macacos, bananas, favas, chouriços entre outros, e andar aqui como se fosse o maior ídolo de todo o sempre. Só faltava a candidatura ao concurso da Maria Elisa.
Uma entrevista bestial em que é referido como menino prodígio na infância, em que aos 4 anos já tocava piano sem nunca ter aprendido e que quem o ensinou a tocar com a mão direita foi o avô (com a mão o quê?)
Diz o senhor que a única coisa que não consegue cantar é fado de Coimbra (já agora, e o resto?), que abre as portas da piscina da sua casa no Verão das 15 às 17 (não vá a malta abusar e ficar até às 17:15...Mas quem é que quer ir para a piscina do José Cid?)
São perguntas do melhor e respostas ainda melhores. Assume que fuma um charro por ano (que deve bater o ano inteiro), que compôs uma letra sobre António de Oliveira Salazar chamada "O tempo em que o Toninho lanchava com os amigos na pastelaria de S. Bento" (o charro já batia na altura...).
Fala ainda de desgraças que lhe afectaram a vida, como o ter ficado "com o olho esquerdo pendurado ao lado da boca", mas não esclarece onde compra o capachinho.
Por fim refere que fez 500 canções e as "10 canções de merda" que compôs são as que as pessoas cantam, porque fez 100 que são do melhor alguma vez feito em português e outras 390 que são muito boas...
O resto só visto e está aqui. Talvez a melhor entrevista de vida de sempre, ou nem por isso...

domingo, janeiro 21, 2007

Olhe...

Os namoros chegam quase todos àquela fase em que se confrontam olhos nos olhos, namorados e famílias. Quando estes encontros são frequentes e existe mais do que os cumprimentos às chegadas e às partidas e se aventuram por diálogos, há uma fase destes que ainda não consegui encarar de forma satisfatória.
Quando, por exemplo, queremos chamar a mãe da nossa namorada, como é que isso se faz de forma que pareça normal?
Imagine-se a situação de estarmos numa situação em que precisamos de falar com ela, mas não mantemos contacto visual, como é que se chama a atenção?
O chamar a senhora por "Dona" é praticamente o equivalente a ficarmos com um risco em cima do nome, a menos que seja porteira ou empregada de limpeza...
O tratar pelo nome dá uma noção de confiança equivalente a colegas de carteira na escola.
Colocar "senhora" antes do nome só se aplicará se existir algum grau monárquico envolvido.
Se a senhora for, por exemplo, professora universittária, como é que se faz? Professora? Doutora?
O que opto mais vezes por fazer é por evitar construções frásicas em que tenha que incluir uma particula chamativa.
Parece que este é um problema que assola mais do que a minha pessoa, alguém tem sugestões brilhantes?

Expectativas

Quando uma alminha fica desiludida é porque está com algumas ilusões. Quando se vai sem expectativas, as coisas tendencialmente serão analisadas de forma fria e distante, sem sabor amargo das não correspondências.
Com alguma salivação provocada pelo site do restaurante, o jantar de sábado foi de gula. O Lisboa à noite é um bom pedaço de restauração e, se bem que não seja barato, valerá a pena a visita. Apenas fica o conselho de não irem com pressa e de levarem pastilhas para auxiliar a digestão.
Cheio que nem um abade (?), fui arrastando-me fui até ao jardim de Inverno do teatro S. Luis para a peça do Bruno Nogueira que, se calhar não vale os 15 euros, mas vale aí uns 12,5. O rapaz é grande, o texto não é tanto assim, mas a altura do talento do moço consegue-se sobrepôr ao texto de riso fácil. Algumas linhas são autênticas pedradas no charco, mas se em vez de linhas fossem parágrafos, a coisa era mais brilhante. Os vips andavam por lá, a Soraia Chaves também, pena que o sobretudo fosse das orelhas até aos tornozelos. Fica a imaginação a pensar que poderia não ter nada por baixo...
Hoje e na possibilidade de um dia de sol de Inverno, fui até à Caparica's coast. O tempo quanto mais perto da praia nos chegávamos, pior ficava e, depois de várias tentativas, acabou-se no cinema a ver o Scoop.
O "Match point" foi um dos filmes que mais gostei em 2006 e achava que o Sr. Allen tinha ganho alguma "normalidade" e que o talento estaria mais encarrilado. Enganei-me. Não gosto do Sr. como actor e isso veio a confirmar-se neste filme. As aparições de mortos no meio do filme a ajudar a trama não é entrar no facilitismo de quem não conseguiu dar a volta ao filme e contar as coisas de uma forma mais agradável e menos fantasiosa? Ou bem que temos um filme a sério, ou experiências destas fazem encalhar as pretenções a que seja um filme que se recorde, sem que seja por ser o que veio a seguir a "Match Point".

sábado, janeiro 20, 2007

Olhá couvinha portuguesa!!

Ontem estive três horas à espera para entregarem um carro novo. A minha irmã esteve sete meses para que lho entregassem. Finalmenente chegou o carro novo da minha irmã, um Honda Civic Hybrid. Carro janota, com mudanças automáticas e cheio de luzinhas por todo o lado. Á chegada ao concessionário o vendedor pergunta pelos documentos da minha irmã, ao que ela responde: estão em casa!...
O concessionário é em Alfragide, eu moro em Alverca. As duas terras começam por Al, mas têm quase 40 Km a separá-las e, mesmo no meio, existe a segunda circular...
Isto à hora de almoço deu um jeitão. O bom do irmão voltou a Alverca e com os papéis na mão, volto a Alfragide.
Tudo muito giro, carro para aqui e para acolí e mais uma hora de assinaturas.
Como as mudanças são automáticas e a minha irmã nasceu a meio do século XX, existiu alguma apreensão em atravessar Lisboa com um carrito novo com mudanças esquisitas. O bom do irmão saltou para o volante e ála que se fazia tarde como tudo.
Perto do eixo NS, o telemóvel toca. Do outro lado, o vendedor, perguntava sobre as chaves do carro antigo da minha irmã, que tinha ficado na Honda em retoma. As chaves estavam no bolso do meu casaco, que estava dentro do Honda (de mudanças automáticas, que a minha irmã não quis conduzir), o que me obrigou à terceira incursão a Alfragide no espaço de 3 horas...
Com isto tudo apercebi-me de um fenómeno que é, pelos vistos, próspero. A plantação de couve portuguesa à beira da CRIL e da 2ª Circular é um passatempo de várias pessoas que deverão ter muito pouco que fazer na vida.
O plantar couves à beira de estradas movimentadas qb já é prova de que algo deixou de funcionar na vida daquelas pessoas. Espero que tenham o discernimento de não as comer e que seja só por passatempo, o que cá para nós, eu não acredito!
Não consegui tirar fotos, mas numa próxima ocasião vou tentar colocar aqui imagens de 50 cm2 de plantação de couve portuguesa que existe na saída para a CRIL no final da segunda circular.
Já agora, porquê segunda, se não existe primeira? Alguém ouvi falar em primeira circular?

quinta-feira, janeiro 18, 2007

A teoria da cuspidela para o ar - como funciona comigo


Como já escrevi ontem, o meu pai deu-me um dos conselhos mais sábios que um progenitor pode dar ao seu filho. Eu, teimosamente, continuo a não levar o aviso em conta.
Miguel, este post é exclusivo para ti.
Depois de algumas piadas feitas sobre a proliferação fúngica que habitava o teu anterior veículo, venho por este meio pedir encarecidamente desculpas a quem está constantemente a emitir lembretes sobre o não dever gozar com outras pessoas. A minha vida pode-se resumir, em grande parte, a estas manifestações de justiça. Eu não posso, descansadamente, fazer pouco de ninguém, sem que não sobre para mim a seguir...
A imagem anexa é da parede do meu quarto e fui dar com as minhas colónias fúngicas hoje, atrás das caixas que continham as sebentas da faculdade. Sebentas essas, que estavam a fazer as delícias de inúmeras famílias de fungos verdes e brancos. Tenho a impressão que isto deve ter começado nos apontamentos de microbiologia.
Hoje não vou dormir sozinho no quarto...

A vingança

Dizem dela que deve ser servida fria.
Como já aqui escrevi anteriormente, o meu pai, dizia-me muitas vezes para não cuspir para o ar que me podia cair na cara.
Algumas vezes fiz aos outros o que não achava simpático que me fizessem a mim.
Podia continuar aqui, com cultura popular, mas vou parar agora.
Tudo isto veio à baila porque vi um filmeco bem vingativozinho - Lucky Number Slevin. Não é um Tarantino, mas tenta, tendo inclusivamente o velhos Bruce Willis e Morgan Freeman no elenco. Podia estar melhor, mas para o género de vendetta não está nada mau.

terça-feira, janeiro 16, 2007

O maior

Não sei qual é o feedback que o programa "O maior português de sempre" está a conseguir, mas esta história toda faz-me lembrar uma pergunta que uma tia minha me fez há uns bons 15 anos.
A senhora pertencia àquela parte da família que temos que gramar e infelizmente não se pôde não escolher. Era adepta também do lema "mais vale bater a bota já do que levar uma transfusão de sangue" e certo dia, de visita cá a casa, sacou de um livrinho que trazia na mala e soltou a pergunta:
- Olha lá, tu sabes qual foi o maior homem de sempre?
Ao que eu respondi:
- Sei! É um senhor africano que veio há pouco a Portugal e que tem que ir deitado nos táxis porque não cabe sentado! Quando vai deitado tem que se abrir os vidros, porque se não vai todo encolhido...
Já na altura eu fechava a porta na cara a malta do mesmo clube da minha tia e desta vez fechei a conversa e acho que nunca mais tivemos qualquer tipo de diálogo sem ser o clássico "Ai estás tão crescido..."
O programa da Maria Elisa vai ser um bocadinho isto. No início, a pompa de um título como o do programa (tal como a pergunta que a minha tia fez...).
Depois o efeito "surpresa" para alguns e o efeito "está aqui alguma coisa errada" para outros. A convicção com que Maria Elisa enumerava as figuras só me lembra a minha tia com ganas de uma nova adesão ao clube e contrasta com a surpresa de ver Álvaro Cunhal e D. Afonso Henriques par a par, ou com a cara da minha tia depois da minha resposta.
E no fim cada um vai para seu lado e nunca mais se fala nisto.
Era bem giro ver ganhar o camarada! Era quase tão inexplicável como o maior homem de sempre ser este.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Ora toca a dar uma espreitadela

No youtube existem alguns videos da série "At last de 1948 show", e da "Do not adjust your set" mas afinal o que é que não existe no youtube?
Talvez o vídeo da Elsa Raposo a tentar conceber um herdeiro com o professor de surf, enquanto diz aos filhos (que lhe batem à porta do quarto): "Agora não, que a mãe está a fazer amor com o Mário..."
Não é um sketch destes, mas deve parecer um!

Quem é que encontra um filme que se veja?

Depois da semana do desgaste, do trabalho, da dentada, chega-se ao domingo com a vontade de que dure para sempre, ou pelo menos, mais do que 24 míseras voltas ao relógio... Mas não, está a acabar e amanhã lá vamos nós para mais uma semana igual a tantas outras.
Entretanto e tentando correspoder às duas solicitações para que fui convidado, desloquei-me sexta-feira ao UCI para ver o último do Clint, "Flags of our fathers", ou em tradução, "Estas duas horas e meia passam, mesmo, muito devagarinho".
Arrasto-me até ao emprego depois de 5 horas de sono cheio de pressa e mal dou por mim estou num bar marroquino com uns palitos nos olhos para não se fecharem. O dia passa e eu quase que não dei por ele passar.
Chega-se a domingo e esqueço-me que há almoço combinado com a trupe do outro blog, apresso-me e consigo chegar meia hora depois do combinado, ainda a tempo de ver pessoas a comerem relva em cima de Pizzas e jogadores dos lagartos que parecem empregados estrangeiros de cadeias de fast-food. Seguem-se as tradicionais setas, os revivalismos musicais, o jantar e outro filme.
Depois de me terem impingido a maior tanga cinéfila com o Despertar da mente, dou uma segunda oportunidade com "Garden State".
Acho piada a quem faz as traduções dos títulos para Português e também eu não conseguiria dar um título aportuguesado a este filme. A história não é brilhante ou comovente ou, mesmo, engraçada. Os actores não são excelentes, nem péssimos, nem bons ou maus. O filme não é magnífico, nem será um desastre. Deve ser a isto que se chamam filmes NIM, nem sim senhor é de ver, nem não, por favor não vejas isto...
A moça da Rúcula não ficou queimada, mas há que tentar outra vez, porque este não convenceu.

Felizmente do andar de cima do UCI arrebanhei dois DVD's de culto, que mostram que o humor dos Gato fedorento não é assim tão novo e refrescante. É bom, mas não é muito original. Se calhar o do Jonh Cleese e do Graham Chapman também não era, mas tem muita pinta e ainda é a preto e branco! São DVD's de duas série, "At last the 1948 show" e "Do not adjust yout set" de onde vieram os Monthy Python e valem todo o dinheiro que se deu por elas.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Tantos anos enganado

Vi este vídeo noutro blog e não resisti a colocar um link aqui.
Este homem é capaz de converter qualquer um a qualquer coisa! Eu pelo menos nunca mais vou ver os vídeos da Disney como antes. Vou ver com mais atenção!!!

terça-feira, janeiro 09, 2007

Já?

Via ontem a VH1 e de repente passa isto! Levantei-me e fui à procura do Cd onde esta música está. Para mim é o melhor albúm que já comprei e para meu espanto, quando o virei para ver a contra capa dou por mim a ver os números 1997. É impressionante a velocidade a que os dias têm passado por mim.
Parece que era ontem que colocava o Cd a tocar sem parar, vezes sem conta.
E ontem mesmo parece que voltei a ter 17 anos e a colocar o leitor de Cd's a tocar sempre o mesmo albúm. Se se conseguisse fazer recuar o tempo pela simples preensão de um Play, a vida era bem mais gira. Ontem foi!


PS - Para quem gosta, sempre dá para ir trauteando o que se ouve:
"No Surprises"
A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal

You look so tired and unhappy
Bring down the government
They don't, they don't speak for us
I'll take a quiet life
A handshake of carbon monoxide

No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent, silent

This is my final fit, my final bellyache with

No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises please

Such a pretty house, such a pretty garden

No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises please (let me out of here)

domingo, janeiro 07, 2007

A bimby

Nunca tinha ouvido falar em tal coisa, mas desde que soube o que era o conceito Bimby não páro de me surpreender.
Uma máquina que pode fazer tudo em 1/100000 do tempo e que faz passar de besta a bestial no que diz respeito à confecção de comida comestível parece-me transcendente.
Há uma comunidade de pessoas que possuem máquinas destas e que só pode ser aumentada se se conhecer alguém que tenha uma e que faça uma demonstração ao domicílio. Parece-me banha da cobra mas, fontes fidedingas juram tratar-se de uma verdadeira revolução na forma como se encara a culinária.
Se soubesse disto à mais tempo tinha comprado uma destas em vez de desmantelar a cozinha toda...
Tenho a sensação que esta máquina não se ficará por aqui. O génio que a inventou podia fazer uma com outros predicados. Tenho a certeza que muito bom homem não se importaria nada de investir mais numa bimby plus do que em muitas bimbas que por aí andam.
Como São Tomé, ver para crer! Alguém pode mostrar?

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Salamanca de relance

O lixo dos Porcos:




Os despojos do dia:

O fim, ou o princípio da festa, dependendo do conceito:



O espírito de Natal Salamancão:


Montras

Não sou muito de ver montras. As incursões pelos malfadados centros comerciais são partilhadas por umas dores de cabeça que, de quando em vez, surgem aos pares e impossibilitam esse prazer que deverá ser, para alguns, o "ver a montra".
Mas há ocasiões em que a montra chama por uma pessoa. Quem tem alguma cultura geral, daquelas culturas que não servem para grande coisa, sabe que existe a profissão de vitrinista. O objectivo profissional deverá passar por tornar a montra apelativa, que consiga desviar o olhar do incauto transeunte.
É por isso que aqui deixo os melhores exemplares que vi nos últimos tempos, deixando desde já os mais sinceros cumprimentos a quem trata dessa árdua tarefa que é o fazer a montra.
A primeira reporta-se a uma montra "Salamanquesa" e a segunda à montra da loja de roupa(?) que existe no prédio onde moro.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Sai um 2007!!

Cheguei a 2007! Depois de 450Km de curvas, nevoeiro, chuva, nevoeiro, noite, nevoeiro e ainda nevoeiro, abandona-se o cinzentismo português e entra-se na movida espanhola, mais precisamente salamancona (ainda não sei como é que me hei-de referir a qualquer coisa derivada de salamanca, mas esta palavra parece ser adequada...).
Cidade gira, com pinta, daquelas velhas giraças todas arranjadas.
Cheios de fome, arrastamo-nos para o primeiro sítio com ar de café e percebe-se que os espanhóis partilham do efeito tapete de sala, ou seja, para quê colocar no lixo se se pode tentar esconder? O lixo que fazem entre paredes não se recolhe em baldes ou qualquer estrutura similar, o chão está bem mais à mão e parecem existir concursos para a eleição do café com mais papeis e beatas por metro quadrado.
Parte-se em busca de local para passar a media noche e descobre-se que é possível uma pequena cidade também viver de noite, mas só em alguns sítios. Entrou-se em mais discos e bares do que na minha vida inteira, o que não é complicado.
Parte-se em busca de um descanso inalcansável. É giro ficar aquartelado em cima da praça principal, não se pode é pedir sossego antes das 5 da matina.
Com os olhos a tentar acordar para um dia de passeio lá se parte em busca da reportagem fotográfica. Neste capítulo percebe-se que há gente que deve ter tendinites no dedo que capta a foto, tal a quantidade de clicks que certas máquinas conseguiram disparar. Vê-se tudo num dia e chega. É gira, mas pequena!
Entre visons e mais visons (visões, em português) consegue-se ver chegar o resto do grupo. De 4 passa-se a 10 e percebe-se que Portugal quase todo se deslocou até Salamanca. Janta-se, muito e bem e faz-se uma antecipação da noite de passagem de ano, aproveitando a desculpa de que há um elemento que até fazia anos neste dia. Entre cervejas e cervejas e ainda mais cervejas (uns mais do que outros), passa-se a noite a dançar?!?!?? (Nunca visto...). Estilos à parte, despedimo-nos de mais uma noite.
O último dia do ano pode ser catalogado como o dia em que pior se comeu em 2007. Ao pequeno almoço (fase do dia incompreendida pelos espanhóis) só se encontra ovos cozidos em mayonese, com calamares e jamon ibérico. Com um ratito no estômago encontramos essa meca espanhola que é o McDonald's. Passando por um chocolate quente com churros digno de água das pedras para acamar, acaba-se num dos piores jantares de que há memória em termos gastronómicos. Valeu pelos desejos, pelas vontades e intenções partilhadas (de forma consciente ou nem por isso) pelos que estavam sentados à mesa. O atum, os patés, a sopa de gema de ovo e os bifes com chocolate (escrito até não fica mal...) foram brindados com uvas de conserva coincidentes com as doze badaladas. A primeira badalada foi comemorada como se fossem doze pelos poucos milhares de conterrâneos que estavam na plaza mayor de Salamanca, onde uma bufanda do glorioso se agitava ao vento. A noite continuou entre barragens em disconights e danças apertadinhas. Saiu-se bem do ano que passou!
O ano novo chegou e que pelo menos não seja pior do que este.