O maior
Não sei qual é o feedback que o programa "O maior português de sempre" está a conseguir, mas esta história toda faz-me lembrar uma pergunta que uma tia minha me fez há uns bons 15 anos.
A senhora pertencia àquela parte da família que temos que gramar e infelizmente não se pôde não escolher. Era adepta também do lema "mais vale bater a bota já do que levar uma transfusão de sangue" e certo dia, de visita cá a casa, sacou de um livrinho que trazia na mala e soltou a pergunta:
- Olha lá, tu sabes qual foi o maior homem de sempre?
Ao que eu respondi:
- Sei! É um senhor africano que veio há pouco a Portugal e que tem que ir deitado nos táxis porque não cabe sentado! Quando vai deitado tem que se abrir os vidros, porque se não vai todo encolhido...
Já na altura eu fechava a porta na cara a malta do mesmo clube da minha tia e desta vez fechei a conversa e acho que nunca mais tivemos qualquer tipo de diálogo sem ser o clássico "Ai estás tão crescido..."
O programa da Maria Elisa vai ser um bocadinho isto. No início, a pompa de um título como o do programa (tal como a pergunta que a minha tia fez...).
Depois o efeito "surpresa" para alguns e o efeito "está aqui alguma coisa errada" para outros. A convicção com que Maria Elisa enumerava as figuras só me lembra a minha tia com ganas de uma nova adesão ao clube e contrasta com a surpresa de ver Álvaro Cunhal e D. Afonso Henriques par a par, ou com a cara da minha tia depois da minha resposta.
E no fim cada um vai para seu lado e nunca mais se fala nisto.
Era bem giro ver ganhar o camarada! Era quase tão inexplicável como o maior homem de sempre ser este.
A senhora pertencia àquela parte da família que temos que gramar e infelizmente não se pôde não escolher. Era adepta também do lema "mais vale bater a bota já do que levar uma transfusão de sangue" e certo dia, de visita cá a casa, sacou de um livrinho que trazia na mala e soltou a pergunta:
- Olha lá, tu sabes qual foi o maior homem de sempre?
Ao que eu respondi:
- Sei! É um senhor africano que veio há pouco a Portugal e que tem que ir deitado nos táxis porque não cabe sentado! Quando vai deitado tem que se abrir os vidros, porque se não vai todo encolhido...
Já na altura eu fechava a porta na cara a malta do mesmo clube da minha tia e desta vez fechei a conversa e acho que nunca mais tivemos qualquer tipo de diálogo sem ser o clássico "Ai estás tão crescido..."
O programa da Maria Elisa vai ser um bocadinho isto. No início, a pompa de um título como o do programa (tal como a pergunta que a minha tia fez...).
Depois o efeito "surpresa" para alguns e o efeito "está aqui alguma coisa errada" para outros. A convicção com que Maria Elisa enumerava as figuras só me lembra a minha tia com ganas de uma nova adesão ao clube e contrasta com a surpresa de ver Álvaro Cunhal e D. Afonso Henriques par a par, ou com a cara da minha tia depois da minha resposta.
E no fim cada um vai para seu lado e nunca mais se fala nisto.
Era bem giro ver ganhar o camarada! Era quase tão inexplicável como o maior homem de sempre ser este.
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