domingo, janeiro 28, 2007

Vamos lá a ver se nos entendemos

No dia 11 de Fevereiro parece que os cidadão deste país vão votar. Os votos são secretos, mas quem vota pode optar por falar abertamente sobre eles.
O que se vai votar no mês que vem pode ter implicações desagradáveis para uns, mas bastante simpáticas para outros. Todos estes entram na recta final das argumentações estapafúrdias sobre o assunto, dizendo o que lhes apetece.
Se fossemos um país de pessoas não facciosas, de pessoas inteligentes, a pergunta que vai a votação nunca deveria ser a que se apresenta. Misturar a despenalização com a liberalização e fazer de tudo um bolo, levando à votação como um todo não faz, quanto a mim, o mínimo sentido. Quem aborta deverá ter as suas razões, mas abortar porque hoje acordou e lembrou-se que queria exprimentar fazer um aborto parece-me uma razão pouco substanciada. No fundo, a lei que se avizinha por trás da pergunta é a lei da desculpabilização.
Sou completamente contra a condenação de alguém, que tenha razões fundamentadas para abortar. sou completamente a favor do voto Não neste referendo.
As duas coisas são diferentes, mas tão diferentes que me é difícil perceber o sim das pessoas.
Não sou grande fã do professor Marcelo, gosto de o ouvir esporadicamente. Foi dos piores presidentes do PSD por culpa própria, mas possivelmente é o opinador mais sensato da nossa praça. Há relativamente pouco tempo lançou um blog e um vídeo que explicam o seu voto e o meu voto...