sexta-feira, agosto 31, 2007

Sem título

Não sei o que se passa, mas parece que estamos numa era de renovação de pacientes, entre os novos que chegam, há nesta fase, alguns que se vão embora. É inevitável que tenha mais ligação aos bichos que entram mais vezes pelo consultório a dentro. Não só os bons, mas também os menos bons.
Na última semana decidiram estar a acabar de viver alguns moços de quatro patas.
Alguns são os clientes é-tão-bom-não-foi. Aqueles que entram no consultório cheio de esperanças que o veterinário lhes salve o bichano, sem se aperceberem que o dito já há muito tempo vive com uma doença que o vai levar desta para outra. Dizer a donos que entram com o coração nas mãos que o coração dos seus animais vai parar em breve é uma tarefa lixada, mais ainda quando o motivo é uma doença crónica que os vai debilitar enquanto cá andarem.
Existem também os outros, os donos que tratamos pelo nome.
O definhar é inerente a qualquer vida. Faz parte do último terço e por mais que se interiorize nunca é fácil de aceitar. Pensa-se sempre no que nunca se fez, no que não se vai fazer... Com os bichos é diferente, pensa-se sempre que eles vivem para sempre. Nada mais errado. Eles também se finam e alguns mais depressa do que se pensa.
Ultimamente os tumores têm prevalecido e arrasatam-se presos a alguns dos animais que passam pela clínica. O sofrer é complicado, mas quando chega aos bichos o ver sofrer parece-me ser ainda mais.
O Manolo e a Lassie têm donos que não os mereciam perder, porque são bichos que mereciam viver e não vão poder fazê-lo.

terça-feira, agosto 28, 2007

Ups!


Apanharam-me na rede bloguística!

Não correu muito mal, mesmo assim... acho eu...

segunda-feira, agosto 27, 2007

Roubo


Eu sei que deve ser difícil arranjar cadaveres. A malta mal dá sangue quanto mais dar o corpo todo...
Mais difícil deve ser polimerizar um corpo, principalmente em níveis tão infímos como as arteríolas e afins.
Mas mesmo, mesmo difícil é engolir a exposição - o corpo humano como nunca o viu - a 21 euros por cabeça. A este preço vai haver muita gente que não o vai ver jamais. Eu também não iria se soubesse do preço previamente, mas assim como assim já estava à porta da morgue de plástico e entrei. O calor apertava, a fila estendia-se para lá das bilheteiras até onde o sol queimava e desidratava, mas pelo preço estúpido tivemos direito a garrafinhas de água do Luso frescas. Deixo aqui o apelo a quem quiser Luso fresca que se pode colocar numa fila que cobre um passeio da rua da escola politécnica que ninguém pergunta se vão ou não à exposição enquanto distribuem o mata sede. Para além disso e devido ao sol de chapa, ainda somos presenteados com um guarda-chuva (?) tipo XL para não haver lugar à insolação.
Já sabem quem quiser os ditos chapéus basta recolher um e depois sair de fininho com um na mão que ninguém dá por isso, sem o devolver à entrada do edifício.
Lá dentro e depois do assalto à entrada percebe-se o porquê do patrocínio das águas Luso. Num cafofo sem arejamento e com dezenas de projectores consegue-se atingir temperaturas dignas do poleponeso por esta altura e a malta quase que desiste de ver metade da bonecada, perdão cadaveres. Depois de 11 salas de calor abrasador, um frigorífico cheio de garrafas de água foi para mim o melhor de toda a chulice.
Se calhar sou eu que sou pobre, ou se calhar sou eu que como vejo corpos por dentro e por fora o dia todo não dou muito valor à coisa.
Talvez se fosse escriturário, ou empregado das finanças desse mais valor, mas para isso era indispensável dar mais 4 euros pela visita com explicação audio.
Chulos!

domingo, agosto 26, 2007

Impossível


Barba! A pergunta que surge é porquê? Herança dos nossos antepassados pilosos, esta decoração da cara teima em crescer sempre que se corta. Ao longo dos últimos anos fiz algumas tentativas para ignorá-la deixando-a crescer à sua vontade. Chego hoje á conclusão que a minha barba é mais forte do que a minha indiferença perante a mesma.
Ter barba é ter comichão. Mesmo o acto de cofiar os pêlos faciais não chega para amenizar satisfatoriamente o incómodo produzido pelo entrelaçe dos crescimentos de uns contra os outros. Ter barba é ter calor na cara quando se pode não ter. Ter barba, dizem alguns, é viril! Sim, pode ser, mas também é uma chatice maior do que ter que a fazer.
Tive 10 dias sem a fazer e fica aqui assumido que nunca mais ela irá passar dos 4 dias.
É o limite do incómodo.

quarta-feira, agosto 22, 2007

E esta...

Sempre pensei que as gasolinas aditivadas, todas XPTO eram uma desculpa que as gasolineiras arranjavam para ganhar mais uns cobres por litro vendendo gasolina igual com rótulo diferente.
Ontem ao meter gasolina para ir atender uma urgência às 23:58 que se revelou ser nada, meti Gforce 95. Qual não é o meu espanto quando hoje a caminho de Lisboa o sacana do carro parecia querer andar mais do que nas anteriores viagens até á capital...
Não sei se é sugestão ou não, mas, de facto parecia que o carro estava mais leve, que o pedal ficava mais em cima para a mesma velocidade.
Afinal se calhar não é tanta tanga assim, ainda tenho algums dúvidas que vou tentar eliminar dentro em breve!

terça-feira, agosto 21, 2007

E pronto

Namorada de férias, eu de férias da namorada. Não é uma coisa que me agrade muito, calculo que, tendo em conta os destinos, lhe agrade a ideia muito mais a ela. Mesmo assim sempre dá para fazer noitadas a jogar Playstation e afins. Há que ver a cena pelo lado mais verde.

Pelo lado mais vermelho está agora a casa arrumada. O panhonha saiu e talvez daqui para a frente se possa ver sorrisos de volta à luz. O espanholito que mete a malta a comer a relva já treinou a equipa e agora é só ganhar!!!

Digo hoje também que se Deus existe hoje mandou um olho cá para baixo. Força rapaziada de ontem, estou e estarei sempre com vocês!

segunda-feira, agosto 20, 2007

Força Amigos!

Vocês sabem quem são!

domingo, agosto 19, 2007

Frase do fim-de-semana

Sesimbra, praia da Califórnia e antecedida por um sinal sonoro que ecoava de umas colunas estratégicamente colocadas pela praia:
- Por serem 19 horas, informamos que os serviços da praia se encontram encerrados. Até amanhã, se Deus quiser.
Não sabia que as praias tinham horário de funcionamento, esta pelos vistos, tem.
Até amanhã, se Deus quiser!

quinta-feira, agosto 16, 2007

A desilusão dos caracolídeos

Tomei conhecimento de um restaurante lisboeta que servia como principal iguaria o bom do caracol cozido. De nome insólito - O filho do menino Júlio do caracois - o restaurante tinha uns chouriços assados que eram bem melhores do que os caracóis. Esses até a minha mãe faz melhor e a senhora não tem particular jeito para os fazer.
A fama conquista-se através de quê?
O que é preciso ter para fazer filas à porta e anuncios em guias de restaurantes?
Já o Kubo é um espaço a considerar quando o Verão chegar. Sentar o cagueiro em lona molhada pela chuva e rapar um frio considerável a 15 de Agosto não faz o meu género. Vou esperar por Dezembro. Ao que parece agora vivemos no pólo contrário e ainda não fomos informados disso.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Fim-de-semana

Em Agosto algo vai mal quando numa esplanada durante uma destas noites de agosto se tem que acender o aquecedor a gás da dita esplanada. Tudo vai pior quando à beira rio se junta uma quantidade apreciável de gente a olhar para o Tejo, aparentemente sem que houvesse motivo.
a curiosidade é uma desgraça e também me cheguei ao rio.
Afinal eu não era o primeiro, antes um carro tinha-se chegado demais e quando olhei para a água estava lá o dito carro a boiar...
Em pleno Agosto, com um frio considerável, um carro em Lisboa tinha ido a banhos ao Tejo.
O povo começa a aglomerar-se, chega a polícia marítima, os sapadores e o grupo de mergulhadores e lá conseguiram tirar uma Passat direitinha para o reboque.
Pelo meio histórias de bonecos, legendas em vez de versões originais, pivots, parques automóveis entre outras coisas inerentes.
Houve ainda tempo para ver um pseudo-filme de terror e para perceber que a new star is born: O puto Shia Labeouf! O filme é tanga de adolescentes sem muito para fazer, não vale 1,5 euros, mas confirma-se o que se viu nos transformers. O puto faz-se!
Acaba-se o fim-de-semana com aquela sensação esquisita que isto daqui para a frente vai ser pior do que isto daqui para trás! E também com a confirmação que os Finguertips são mauzinhos ao vivo. Muito mauzinhos!

quarta-feira, agosto 08, 2007

O atropelamento

Pior do que os últimos dias antes das férias são os primeiros depois destas. Engrenar novamente na profissão é coisa que custa, principalmente se a profissão resolve elucidar à bruta o seu estado. Perdi a conta aos bichos, não há tempo para sentar, para ir à porta ver o sol, para ir beber um cafézito, para ir mesmo à casa de banho.
As férias foram o que já não havia há muito tempo. Quase 15 dias em que me esqueci em que área trabalhava.
A segunda-feira, dia 6, fez com que me lembrasse, a terça ainda reforçou a ideia, a quarta garantiu que eu não me podia mesmo esquecer.
Como é que me podia surgir dúvidas quando tenho que falar com gente como a que hoje me trouxe uma gata à consulta... Enquanto lhe falava sobre a boa recuperação da cirurgia a que o animal tinha sido submetido, ao mesmo tempo que olhava com um oftalmoscópio os olhos do bichano, ouve um momento mágico em que de repente pensei: é verdade porra, sou veterinário!
A senhora ao ver-me falar sobre a sutura enquanto olhava atentamente pelos olhos do animal, dispara:
- O dr. consegue ver a costura da barriga pelos olhos, é?
Quem me mandou seguir esta profissão? Ninguém! Por isso olha-se em frente, morde-se o lábio para não haver sorrisos e segue-se como se nada fosse!

segunda-feira, agosto 06, 2007

O regresso

Estou com uma puta de uma dor de cabeça que nem consigo olhar para o monitor!
Se calhar amanhã entro de férias outra vez...