quinta-feira, novembro 30, 2006

Féria de família

Tenho uma família nómada-sedentária. Grande parte dos 365 dias desta casa são passados a fazer e a desfazer malas. Que me lembre, este ano a família que habita nesta casa em que escrevo já esteve no México, Brasil, Malásia, Suécia, Praga, Dinamarca, Espanha, França e agora 2/3 da mesma estão a banhos nas ilhas Mauricias. Estes 2/3 são compostos por senhoras com alguma idade que decidiram gozar, e bem, o tempo que têm. Nada tenho contra isso, muito pelo contrário. Nestas ocasiões o silêncio, a calma, a tranquilidade e todos os adjectivos Pan-pipe instalam-se aqui por casa.
Posso ver televisão à vontade e, imagine-se, mudar para o canal que quero sem ter que ouvir o clássico: "Eu estava a ver!". Todos sabemos que uma pessoa de olhos fechados e cabeça caída em cima do braço do sofá está a ver perfeitamente televisão...
As mudanças de fusos horários e o jet-lag também permitem alguma confusão. Por volta das 22 horas já há pessoas a dormir, perdão a ver televisão, no dito sofá e é comum por lá permanecerem até ao dia seguinte, sem nunca abrir, literalmente, mão do telecomando.
Sem alternativa tenho que me deslocar para outra divisão para poder ter acesso a uma noite de paz.
Há cerca de um ano, verificando estas situações e prevendo o agravamento das condições de habitação em conjunto, decidi comprar uma PlayStation 2 e isolar-me do sonambulismo reinante.
Por esta altura do ano junta-se o útil ao agradável. Tenho o meu sofá só para mim e é a altura de lançamento de um novo Pro Evolution Soccer...
Que grandes noites. Agora só faltam as jantaradas do costume!

quarta-feira, novembro 29, 2006

Carlos José

Disseram-me ontem que, uma das pessoas com quem ainda me vou dando, estava na caixinha mágica que dá imagens a concorrer ao "um contra todos".
De seu nome "Carlos José", companheiro de aventuras bloguisticas e autor de outro lugar internético de muito má fama.
Neste momento pode-se dizer que estás em cima da miúda, mas, será que ela vai ficar por cima no final?

terça-feira, novembro 28, 2006

Estacionamentos

Moro num sítio onde não é muito fácil estacionar. Sei que há lugares bem piores e que não devia queixar-me muito.
Hoje deparei-me com dois vídeos que me impressionaram, não porque não estivesse à espera de ver o que acontece, mas porque não acontecem em Portugal...

Sneaky Drivers. - video powered by Metacafe


Fight For Parking Space - video powered by Metacafe

Natal

Agora que já falta menos de um mês para o fatidico dia do encher a mula, que a maior árvore de natal do mundo já faz o caos no trânsito da baixa, que a Junta de Freguesia de Alverca montou as luzinhas natalicias mas não tem dinheiro para as acender, chega a altura certa para começar a elaborar uma lista jeitosa de prendas.

Esta box está à venda na loja que me levaria o ordenado todo em menos de 60 segundos. Era tão bom poder tê-la cá em casa...
É claro que há alternativas:






A lista segue nos próximos posts, ou em português, nas próximas postas.

É a cultura, estúpido! (2º acto)

Devo ser muito idiota, mas será só impressão minha ou a obra de Mário Cesariny não era assim tão grande que merecesse o amplo destaque...
Dizem os jornais que morreu o artista completo, digo eu que não compraria nada dele. A velha lenga-lenga dos gostos não se discutem, esbarra na constatação da qualidade. É impossível alguém, no seu perfeito juízo, achar que o benfica é o melhor clube do mundo, ou dizer que Sócrates é o melhor primeiro ministro desde a ditadura. Ultrapassam estas afirmações a questão dos gostos e precipitam-se na realidade.
Da mesma forma, passo os olhos pela obra escrita e desenhada de Mário Cesariny e não percebo onde está o grande artista...
Num país onde falham as figuras de referência, onde a identificação nacional passa por Amália, Eusébio e Figo, onde não há muitos motivos materializáveis para que o orgulho venha à tona, onde noticias de futebol abrem telejornais, parece que se dá em demasia atenção a quem não a vale.
Os grandes vultos das artes do país têm que procurar fora o que cá não encontram, os que cá estão (e são bons) não são divulgados e os únicos que aparecem nos jornais e na TV é a malta que não se percebe se por demência ou por descaramento consegue ter protagonismo.
Tive quase a mesma sensação com o Cesariny que tive com o João César Monteiro, que no auge do descaramento ainda levou alguns pseudo-intelectualoides a ver cinema a preto e preto. Há crianças com dificuldades motoras que fazem desenhos bem parecidos com alguns que vi do senhor Mário Cesariny. Parece que há um certo gosto em sermos gozados por esta franja de "artistas".
Eu gostava de encontrar nos mais diversos campos das artes, mais portugueses realmente importantes e com obra genial, daqueles que ninguém consegue dizer que não são bons. Existem alguns, poucos. Tal como no passado não existiram muitos, hoje, o panorama de malta a fazer arte de qualidade também não anima ninguém. Será que o problema é de sermos apenas 10 milhões??? Das duas, uma: ou tenho que procurar mais ou sou uma grande besta!
Ainda dizem que gostos não se discutem...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Traições

Falava eu hoje sobre traições com alguém e cheguei à conclusão de que há necessidade de qualificar a traição.
Onde começa o acto de trair? No pensamento ou no acto? Que tipo de acto?
Quanto dura a traição? Um segundo ou tempo demais? Será que um segundo é tempo demais?
A traição parece-me ser inerente ao ser humano, trair (ou seja: atraiçoar, enganar, por traição, falsear, ser infiel a, denunciar, revelar, não cumprir) é um verbo que transporta em si uma imensidão de sentimentos que se podem espraiar pelas mais variadas áreas. Enganar, mentir, denunciar, são actos que mesmo de forma inconsciente o fazemos nas mais variadas situações.
A questão que levanto é baseada na traição interpessoal. Será que há perdão para quem trai? Será que depende da traição? Será que o tempo tudo cura e que a traição de ontem, amanhã terá uma importânciazinha de nada?
Será que não somos todos traídos quando, ao nascer, já nos sentenciaram uma pena de morte? Será que a traição não será o fim de algo? A morte será o fim?
Quando o corpo nos atraiçoa a alma e nos dividimos ao meio enterrando a matéria e elevando o espírito, será verdadeiramente o fim? Será que se passará assim?
Ás vezes começo a pensar que somos pequenos demais para o orgulho que carregamos.
Conversa sem fim à vista...

domingo, novembro 26, 2006

É a cultura, estúpido!


Noite cultural, a de ontem. Depois de quase 15 dias a trabalhar em ritmo contínuo, encontrou-se uma forma de comemorar este ciclo com uma atitude irreflectida: ir ao teatro sem saber o que se ia ver!
A última experiência teatral, como já contei neste universo, não foi das melhores, mas esta foi definitivamente das piores. A "peça" chama-se o "Assobio da cobra" que fiquei a saber pouco antes de dizer "sim senhor, vamos lá então ver isso" é um músical, que como se sabe, não é propriamente um género muito em voga cá no burgo. Quem sabe cantar é cantor, quem sabe representar é actor, quem não sabe fazer nada disto, não deveria estar neste tipo de profissões. O cartaz era enorme, com nomes que até eram conhecidos: Diogo Infante, o marido da Catarina Furtado (parece que se chama João qualquer-coisa...), e mais um ou dois das telenovelas da TVI. Ao que consta foi inspirada num CD que um senhor gravou, mas a adaptação ao teatro teve, quanto a mim, o condão de se parecer com nada!
Quando não há um bom texto, o teatro não tem sentido. Quando não há bons actores, as coisas podem descambar. Quando num músical não se sabe cantar, é o fim!
A única situação menos má do "episódio teatral" foi o preço dos bilhetes, porque ia preparado para desembolsar 15 euros, mas os meus menos de 30 anos fizeram com que a tragédia ficasse por "apenas" 5... Antes gastá-los no casino, enfim...
A noite não ficou por aqui. Como a peça começava às 21 horas, o que é óptimo para jantar às 19:00 ou às 23:30, havia estômagos que estavam menos preenchidos do que o meu. Esses decidiram ir tentar jantar. Eu fui fazer tempo para o cinema.
Tentar compensar uma má experiência com um filme enorme na sessão da meia-noite de um sábado depois de 15 dias a trabalhar resulta, invariavelmente numas cabeçadas valentes no ar. O filme até não era mau, chama-se "Manual do amor", é italiano, é sobre o amor e sobre as voltas que dão as relações entre pessoas que, por alguma razão, resolvem partilhar vidas. O problema residia nos minutos intermináveis do filme. Talvez noutras circunstâncias não tivesse adormecido, mas deu para não perder o fio à meada.
O que se salvou da noite? A única coisa que se vai salvando no meio disto tudo, a companhia. Essa poucas vezes falha...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Mas será que esta gente se multiplica entre eles?

quinta-feira, novembro 23, 2006

Apetece-me recordar






Depois de cerca de 10 horas de trabalho, de uma noite não muito bem passada, de um dia anterior mau e de um antes desse ainda pior, apetece-me recordar o que fiz quando mandei isto tudo às urtigas.
Algumas pessoas insistem em dizer que tenho mais férias do que mereço. Defendo a tese que deveriamos ter muito mais férias do que trabalho. Chegam-me alguns dias espassados ao longo do ano para fazer algumas das coisas que mais gosto com quem mais gosto. Com o passar dos meses de trabalho parece ser mais difícil ter só alguns míseros dias, mas só o sair da rotina fazem com que se volte a ela mais de bem com tudo e todos. Quando esses parcos momentos de descanso são precisos e não se materailizam existem sempre as recordações. E se recordar é viver, já dizia o poeta, então viva-se!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Michael Richards

O nome do título deste post povoa a internet pelos dias que correm. Para quem não sabe corresponde a um senhor que pouco mais fez do que, talvez, ser o melhor actor de sempre na arte do humor físico. Foi Kosmo Kramer na série Seinfeld e acho que isto diz tudo. Algumas das melhores gargalhadas que já proferi vieram apenas da visualização da (in)capacidade deste senhor. Parece que depois da série Richards tentava acima de tudo mostrar que seria mais do que Kramer. Parece também que num qualquer clube de Stand-up meteu os pés pelas mãos e ofendeu a comunidade afro-americana. Os pseudo-puritanos americanos, aqueles tipo Donas de casa desesperadas, que vivem das aparências e são do mais podre que há (ou seja toda a América sub-urbana) levantaram-se a criticá-lo, caluniá-lo e a praticar outros verbos do estilo.
Vi o vídeo e parece-me que o moço perdeu um bocadito o controlo, mas pergunto eu: Se durante o meu dia de trabalho tudo me corresse mal, eu não dispararia contra tudo o que aparecesse à frente? Penso que sim e acho que foi isso que aconteceu ao moço.
Dizem também que é uma marca para a vida do actor. Concordaria se não se passasse num país onde perdoam a gajos tipo O.J. Simpson ou Mike Tyson que por acaso são afro-americanos e fizeram, aparentemente, coisas bem piores...
A asneirada teve um constrangedor pedido de desculpas em directo no Late Night do David Letterman que a mim me impressionou bem mais do que as ofensas.
Enfim, para mim será sempre Kosmo Kramer ou o melhor actor de humor físico de todos os tempos.
Já agora uma pergunta para quem souber responder: porque é que os gringos não podem ouvir a palavra nigger?

terça-feira, novembro 21, 2006

O que eu gosto de pessoas assim!

Vamos lá comparar este vídeo com o anterior e perceber que mesmo sem beber há gente que consegue dizer verdadeiras barbaridades mesmo sem alcool! O programa foi fraquinho mas os munelhos de cavelo...

segunda-feira, novembro 20, 2006

Electrodomésticos

Eu sei que hoje em dia não faz muito sentido lavar a roupa em tanques de cimento ou conservar a carne em sal, mas porque é que os meus electrodomésticos se revoltam em minha casa? Começo a pensar que há uma série de incompatibilidades de carácter entre a minha cozinha e os electrodomésticos NOVOS que a habitam.
Ontem foi dia de assados no forno. Era tudo muito giro se o forno ligasse... Tirei o forno do móvel para ver se, por ventura, se tinha desligado da ficha eléctrica e ainda continuava ligado. Mudei de ficha, coloquei extensões electricas e nada. O forno é um nado-morto! Ainda antes de trabalhar já não funciona.
No sábado tinha sido a arca frigorifica. De repente dispara um alarme, e a minha mãe, que já não vai para nova, entra em pânico. O que foi, o que não foi, ninguém sabe...
Quem acode a maldita máquina? Eu!
Constato que decidiu não trabalhar! As coisas estão congeladas, mas o motor que promove a diminuição da temperatura decidiu deixar de funcionar!
Falta a placa, as máquinas de lavar, o frigorífico e a televisão. Qual será o próximo a fazer greve? Aceitam-se apostas...
Num país onde tudo o que trabalha faz greve, contra tudo e contra todos. Também acho bem que os electrodomésticos o façam, mas nós até não somos maus patrões. Estão a trabalhar há 15 dias e já começam com merdas?
Trabalham num sítio novo, com malta que não os maltrata, não os sobrecarregamos de trabalho, que mais querem? Há por aí algum sindicato do electrodoméstico onde me possa dirigir? Eu gostava de iniciar uma negociação acerca da consertação electrodoméstica! Ou pelo menos gostava que fossem consertados...

sábado, novembro 18, 2006

O afagar do mármore

Tenho neste preciso momento três indivíduos a afagar o corredor da minha casa.
A minha casa merece!
Foi o face-lift da cozinha, uma pintura de parede, agora uma limpeza de mármore.
Para quando o cimento nas juntas, ou o silicone nas frestas?

terça-feira, novembro 14, 2006

Depois de Praga

Praga em Novembro é, mais ou menos, como os sado-maso. É uma alegria, mas doí! Exprimentar Praga em Novembro é como o meu amigo André diz: Isto se calhar também é giro com Sol.
Ainda tirito de frio! O checos têm, possivelmente, umas das cidades mais românticas como capital do país. Dá gosto ver o que aqui poderíamos ter em Lisboa, se não andassemos atrás dos construtores civis. É uma pena é ter que ir ao estrangeiro. Continuando...
Frio, ainda tenho frio. Esperava neve, esperei sentado, ela não caiu. Continuou o frio.
Andar faz bem, andar ao frio também. Diziam-me: "tens os olhos vermelhos", não criam crer que o frio faz os olhos ficarem vermelhos. Mesmo assim, deu para ver tudo e ainda sobrou tempo para fazer o que cá não se faz muito. Descobri a hipotermia, descobri as dores nas pernas, descobri a falta de lençois nas camas checas. Descobriram-se novas pessoas em nós, descobriu-se que o SLB é tão grande que até há em Matrioskas (Os lagartos e os tripeiros também tinham matrioskas), descobriu-se que não se consegue falar checo, mas que já sabemos o significado de Namesti. Descobri para que servem os tapa-orelhas, descobri que tenho que arranjar uma máquina fotográfica nova. Descobriu-se que se come bem e que se bebe melhor (bela cerveja - 500ml vezes 2, vezes 6 = 6 litros de cerveja!). Descobriu-se que também existem revisores no metro, descobriu-se que as checas não são assim tão giras e que os checos não tomam assim tantos banhos.
Descobriram-se tantas coisas que se descobriu que se quer continuar a fazer mais viagens destas.

terça-feira, novembro 07, 2006

Não acerta uma...

O Benfica é o clube do povo, dizem os elitistas. Mas em 10 milhões, ter só 6 milhões de povo, acho que é pouco. Porém, como se consegue comprovar há alguns nesses todos que estão claramente a mais. O orgulho de ser benfiquista pode ser exacerbado a limites trágico-cómicos, podem chorar agarrados aos cachecois, podem arrancar cadeiras dos estádios, podem chegar a casa e desancar à bardafada no mulherio, podem até usar meias brancas com raquetes de ténis e ter bigodes farfalhudos que se afogam em imperiais atrás de imperiais, ou ir almoçar aos sábados ao Barbas, ou então não saber o que se anda a fazer na vida. O Benfica é paixão? Para alguns será! Para outros será doença, para outros o enterrar de frutrações, para outros uma bela razão para fazer boas figuras na televisão. Para mim o Benfica seria bem melhor se tivesse outra família. As famílias grandes dão sempre chatices e é fácil de ver que há maior possibilidade de ter aberrações. Porque é que não temos membros da família como estes?

Está quase


Está quase a haver cozinha.
Está quase o fim do trabalho.
Está quase o início das férias.

sábado, novembro 04, 2006

Traumas de obras

Infeliz o dia em que o chão da minha cozinha decidiu abandonar o local onde repousava há 20 anos. Infeliz a ideia de remodelar uma cozinha na totalidade. Infeliz de quem neste país tem que se conformar com prestações pouco eficientes dos empreiteiros e dos encarregados de obra. Não conheço ninguém que não tenha tido contra-tempos em remodelações ou em obras prontas a estrear. O que seria de mim se em vez de dar vacinas no sítio certo espetasse a agulha num olho de um cão, já para não falar que podia falhar descaradamente o animal e acertar numa besta de um dono. Por vezes, poucas, até sou paciente com pessoas pouco expeditas. Não tenho tempo a perder com falta de acção ou com falta de profissionalismo.
Por isso estou no fim da paciência. Foram portas de tamanhos diminutos, gavetas que não se conseguiam abrir, estores que não correm, televisões que não funcionam, iluminação que estava às escuras, máquinas que não abrem, frigoríficos empacotados 8 dias a servir de comissão de boas vindas no hall de entrada, mas por último (e depois de quase tudo montado), veio o melhor.
Encomendou-se uma placa de vitrocerâmica, coisa recente, modernices de quem não quer usar fogo para fazer comida. Precisava de ser colocada na pedra da bancada. Tamanho da placa: 86cm. Tamanho do espaço na pedra: 56cm. Rossio na Rua da Betesga. Quantos mais dias vamos ficar à espera? Dia 9 de Novembro faz um mês que não sei o que é fazer uma refeição em casa...
Quem espera, desespera!

sexta-feira, novembro 03, 2006

Ena, Ena

Sou visita frequente de vários sites de videos, mas hoje deparei-me com um particularmente interessante: www.dailymotion.com
É um site franciú e é tão valioso que decidi partilhá-lo aqui.
Numa altura da minha vida em que praticamente não vejo televisão de forma aleatória, hoje posso dizer que já vi o primeiro episódio da terceira série da série LOST e até posso dizer que não foi num ecrã de TV. Mais ainda não fiz o download de 300 ou mais megas, aumentando a minha conta astronómica da Netcabo e a imagem está com uma definição bem boa.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Noite de bruxedos

Neste país sem tradição para a noite das bruxas, já aparecem putos às portas a pedir rebuçados e a noite deverá ser das mais agitadas do ano, a julgar pelo que vi ontem.
Eram às centenas as alminhas que se juntaram em Santos na noite que passou. Novos, velhos, betos, radicais, gente convencional, putas e travestis, havia de tudo um pouco e, em alguns sítios, havia de tudo, mas muito.
As tentativas de entrar em alguns bares eram desmanteladas à porta e na impossibilidade de haver lugar sentado, iniciava-se a marcha por outros lados. Em resumo durante todo o tempo não consegui sentar-me noutro sítio que não fosse o banco do carro no caminho para casa. Estava estupidamente cansado, mas ainda consegui entrar num sítio onde nunca tinha entrado...
Conheço relativamente mal a noite em Lisboa e nunca tinha entrado no Plateau, até ontem e fiquei ambiguo. Fiquei contente, por ver gente à minha volta que tinha menos cabelo que eu, ou pelo menos, tinha mais cabelos brancos do que eu, o que numa discoteca pode ser um bom sinal, ou sinal de que me enganei e muito na porta de entrada. Fiquei impressionado pela qualidade duvidosa de alguns seres de sexo indefinido que me levaram a atar um casaco à cintura, não fosse o diabo tecê-las. Mas o melhor da noite foi a música e dança de alguns. Não tocavam nada com menos de 15-20 anos e por lá passaram grandíssimos êxitos como "Enola Gay", e as músiquinhas do costume dos Village People e da Gloria Gaynor, tudo em sequência. Nitidamente, esta junção músical foi o auge nocturno para as pessoas da faixa etária mais elevada que se conseguiam mexer de forma...parva.
Plateau, se calhar não volto lá tão cedo.