sábado, novembro 04, 2006

Traumas de obras

Infeliz o dia em que o chão da minha cozinha decidiu abandonar o local onde repousava há 20 anos. Infeliz a ideia de remodelar uma cozinha na totalidade. Infeliz de quem neste país tem que se conformar com prestações pouco eficientes dos empreiteiros e dos encarregados de obra. Não conheço ninguém que não tenha tido contra-tempos em remodelações ou em obras prontas a estrear. O que seria de mim se em vez de dar vacinas no sítio certo espetasse a agulha num olho de um cão, já para não falar que podia falhar descaradamente o animal e acertar numa besta de um dono. Por vezes, poucas, até sou paciente com pessoas pouco expeditas. Não tenho tempo a perder com falta de acção ou com falta de profissionalismo.
Por isso estou no fim da paciência. Foram portas de tamanhos diminutos, gavetas que não se conseguiam abrir, estores que não correm, televisões que não funcionam, iluminação que estava às escuras, máquinas que não abrem, frigoríficos empacotados 8 dias a servir de comissão de boas vindas no hall de entrada, mas por último (e depois de quase tudo montado), veio o melhor.
Encomendou-se uma placa de vitrocerâmica, coisa recente, modernices de quem não quer usar fogo para fazer comida. Precisava de ser colocada na pedra da bancada. Tamanho da placa: 86cm. Tamanho do espaço na pedra: 56cm. Rossio na Rua da Betesga. Quantos mais dias vamos ficar à espera? Dia 9 de Novembro faz um mês que não sei o que é fazer uma refeição em casa...
Quem espera, desespera!