domingo, novembro 26, 2006

É a cultura, estúpido!


Noite cultural, a de ontem. Depois de quase 15 dias a trabalhar em ritmo contínuo, encontrou-se uma forma de comemorar este ciclo com uma atitude irreflectida: ir ao teatro sem saber o que se ia ver!
A última experiência teatral, como já contei neste universo, não foi das melhores, mas esta foi definitivamente das piores. A "peça" chama-se o "Assobio da cobra" que fiquei a saber pouco antes de dizer "sim senhor, vamos lá então ver isso" é um músical, que como se sabe, não é propriamente um género muito em voga cá no burgo. Quem sabe cantar é cantor, quem sabe representar é actor, quem não sabe fazer nada disto, não deveria estar neste tipo de profissões. O cartaz era enorme, com nomes que até eram conhecidos: Diogo Infante, o marido da Catarina Furtado (parece que se chama João qualquer-coisa...), e mais um ou dois das telenovelas da TVI. Ao que consta foi inspirada num CD que um senhor gravou, mas a adaptação ao teatro teve, quanto a mim, o condão de se parecer com nada!
Quando não há um bom texto, o teatro não tem sentido. Quando não há bons actores, as coisas podem descambar. Quando num músical não se sabe cantar, é o fim!
A única situação menos má do "episódio teatral" foi o preço dos bilhetes, porque ia preparado para desembolsar 15 euros, mas os meus menos de 30 anos fizeram com que a tragédia ficasse por "apenas" 5... Antes gastá-los no casino, enfim...
A noite não ficou por aqui. Como a peça começava às 21 horas, o que é óptimo para jantar às 19:00 ou às 23:30, havia estômagos que estavam menos preenchidos do que o meu. Esses decidiram ir tentar jantar. Eu fui fazer tempo para o cinema.
Tentar compensar uma má experiência com um filme enorme na sessão da meia-noite de um sábado depois de 15 dias a trabalhar resulta, invariavelmente numas cabeçadas valentes no ar. O filme até não era mau, chama-se "Manual do amor", é italiano, é sobre o amor e sobre as voltas que dão as relações entre pessoas que, por alguma razão, resolvem partilhar vidas. O problema residia nos minutos intermináveis do filme. Talvez noutras circunstâncias não tivesse adormecido, mas deu para não perder o fio à meada.
O que se salvou da noite? A única coisa que se vai salvando no meio disto tudo, a companhia. Essa poucas vezes falha...

5 Comments:

Blogger Mike said...

O final deste post é um hino às lambidelas de cús...Cheira-me a uma pontada de culpa por andares a receber visitas de alguma badalhoca do brasil, como o mapinha da barra lateral mostra!

4:09 da tarde  
Blogger followanothersign said...

A banda até tocava bem, pelo menos por aí não podes pegar, quem sabe tocar toca, e eles sabiam tocar.
Até gostei bastante da peça, mas talvez se deva apenas à minha falta de tarimba nestas coisas do teatro.

6:01 da tarde  
Blogger Vetoon said...

Justiça feita: a banda tocava muito bem!

6:57 da tarde  
Blogger Carlitos! said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

12:08 da manhã  
Blogger Carlitos! said...

Musicais...
7ª arte duvidosa...

Talvez seja por isso que, apesar da companhia ser boa, percas noites espectaculares no Loft...

12:09 da manhã  

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