É a cultura, estúpido!
Noite cultural, a de ontem. Depois de quase 15 dias a trabalhar em ritmo contínuo, encontrou-se uma forma de comemorar este ciclo com uma atitude irreflectida: ir ao teatro sem saber o que se ia ver!
A última experiência teatral, como já contei neste universo, não foi das melhores, mas esta foi definitivamente das piores. A "peça" chama-se o "Assobio da cobra" que fiquei a saber pouco antes de dizer "sim senhor, vamos lá então ver isso" é um músical, que como se sabe, não é propriamente um género muito em voga cá no burgo. Quem sabe cantar é cantor, quem sabe representar é actor, quem não sabe fazer nada disto, não deveria estar neste tipo de profissões. O cartaz era enorme, com nomes que até eram conhecidos: Diogo Infante, o marido da Catarina Furtado (parece que se chama João qualquer-coisa...), e mais um ou dois das telenovelas da TVI. Ao que consta foi inspirada num CD que um senhor gravou, mas a adaptação ao teatro teve, quanto a mim, o condão de se parecer com nada!
Quando não há um bom texto, o teatro não tem sentido. Quando não há bons actores, as coisas podem descambar. Quando num músical não se sabe cantar, é o fim!
A única situação menos má do "episódio teatral" foi o preço dos bilhetes, porque ia preparado para desembolsar 15 euros, mas os meus menos de 30 anos fizeram com que a tragédia ficasse por "apenas" 5... Antes gastá-los no casino, enfim...
A noite não ficou por aqui. Como a peça começava às 21 horas, o que é óptimo para jantar às 19:00 ou às 23:30, havia estômagos que estavam menos preenchidos do que o meu. Esses decidiram ir tentar jantar. Eu fui fazer tempo para o cinema.
Tentar compensar uma má experiência com um filme enorme na sessão da meia-noite de um sábado depois de 15 dias a trabalhar resulta, invariavelmente numas cabeçadas valentes no ar. O filme até não era mau, chama-se "Manual do amor", é italiano, é sobre o amor e sobre as voltas que dão as relações entre pessoas que, por alguma razão, resolvem partilhar vidas. O problema residia nos minutos intermináveis do filme. Talvez noutras circunstâncias não tivesse adormecido, mas deu para não perder o fio à meada.
O que se salvou da noite? A única coisa que se vai salvando no meio disto tudo, a companhia. Essa poucas vezes falha...
5 Comments:
O final deste post é um hino às lambidelas de cús...Cheira-me a uma pontada de culpa por andares a receber visitas de alguma badalhoca do brasil, como o mapinha da barra lateral mostra!
A banda até tocava bem, pelo menos por aí não podes pegar, quem sabe tocar toca, e eles sabiam tocar.
Até gostei bastante da peça, mas talvez se deva apenas à minha falta de tarimba nestas coisas do teatro.
Justiça feita: a banda tocava muito bem!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Musicais...
7ª arte duvidosa...
Talvez seja por isso que, apesar da companhia ser boa, percas noites espectaculares no Loft...
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