quinta-feira, abril 27, 2006

A vida continua

Depois de cerca de 15 dias malfadados que começaram antes da páscoa, passaram pelo exílio dos meus familiares mais próximos em países da américa central e acabando com a minha vertente comunista/sindicalista ao mais alto nível, volto de novo às teclas do PC.
Isto de morar sozinho não me parece ter muitas vantagens. Leio algures que os jovens estão a casar-se cada vez mais tarde e que ficam a viver em casa dos pais até estes os colocarem practicamente fora de casa. Percebo o porquê. Isto de fazer comida, lavar a roupa, a loiça, limpar o pó, passar a ferro, aspirar a casa, entre outras coisas sai muito caro. As vulgarmente denominadas empregadas de limpeza/mulheres a dias, cobram estes dias em que trabalham pela hora da morte. Fazendo as contas se trabalhassem tanto quanto eu, ganhariam mais do que este reles veterinário. O que quer dizer que cobram mais à hora do que eu.
Foi por estas e por outras que tive que renegociar o meu pseudo-contrato de trabalho, levando praticamente a entidade empregadora ao choro convulsivo.
Com este dinheirito extra, entrei para um ginásio e, surpresa das surpresas, chumbei no teste de avaliação de forma física. Pelos vistos, apresentar 96Kg com 1,80m de altura, não fazer exercício físico regular desde os 22 anos e ter fumado durante 120 meses deixa um gajo todo fodido por dentro.
Não sei se o programa informático que me avaliou é exigente demais, mas parece-me que 20 flexões seguidas é bastante pouco e será motivo de vergonha da parte da minha pessoa, tal como os 30 abdominais num minuto... A boa vida é incompatível com a forma física, mas também é incompatível com a saúde, por isso estou decidido a morrer agarrado a uma máquina que me faça perder 15Kg em dois meses, o que me parece uma meta demasiado ambiciosa.
Contudo, para comemorar o facto de começar a levar tareias no gim, vou de férias até terça-feira.