Hasta siempre comandante

Parece que desta é que Fidel não se levanta mais. O Comandante mais conhecido como o comunista mais casmurro de todo o sempre entrou esta semana num hospital cubano para fazer uma cirurgia que pelos vistos é segredo de estado, sendo que o seu estado de saúde é, também ele, segredo de estado. O estado do senhor é que não parece ser o melhor. Depois de todos os comunistas serem mortos e empalhados na Ex-união soviética, o bastião cubano ainda mexia, mas agora parece que também ele vai passar a apresentar as locuras do capitalismo.
Tenho a sorte (?) de ter ido a Cuba há uns 5 anos atrás. Na altura era jovem e tinha sonhos e queria saber como é que se conseguia viver de forma comunista não corrompido. A resposta é simples: vivem mal! Havana era uma capital de fachada, na qual os edifícios do estado estavam em condição de consumível turisticamente e os prédios em volta também, mas o resto era demasiado pobre. Pobre demais até para comunistas. Estive alojado no 15º andar de um hotel junto à costa e a vista que nunca mais vou esquecer é a de uma cidade que parou no ano da revolução e que depois foi deixada ao abandono, tal era a quantidade de casas sem manutenção. Dizia eu na altura que Havana deveria ter sido uma das mais bonitas cidades do Mundo nos anos 50. Depois vi o que o regime encobre. É giro um gajo dizer que é comuna, calha bem, faz bem ao ego entre outras benevolências, mas há que ser coerente. Varadero é o paraíso das multinacionais hoteleiras, tão industrializado turisticamente como a República dominicana, o Brasil ou outro qualquer destino do género. Alí saía-se de Cuba e entrava-se noutra realidade.
Calculo que dentro de alguns anos as coisas sejam bem diferentes, para bem daquela nação, que haja eleições e que deixem os pobres cubanos terem o direito a ter a vida que queiram. Na altura havia um polícia por habitante e tinham os melhores ordenados para não serem corrompidos. Triste sina para uma nação de duas faces...
Espero que a velha cuba diga "hasta siempre" e que possa renascer o esplendor que se perdeu há mais de 50 anos.