O nível do costume
Voltei à base depois de alguns dias de primeiro mundo e de casório longe comó caraças no fim-de-semana.
O casamento e a cena do dia no trabalho voltaram a colocar a fasquia do desenvolvimento nacional bem perto do período antes-quinta do Lambert. Já sei que na maioria dos casamentos há alguns convivas que alcoolizam-se em demasia e que no final há sempre, a já conhecida, merda. Este não foi excepção, alguma besta alcoólica fez o favor de enviar um empregado do casamento para dentro de uma pesudo piscina/tanque à beira da qual os noivos partiam o bolo da praxe. Escusado será escrever que o empregado envregava na altura na sua mão direita, uma bandeja onde estavam pratos com bolo... Qual o propósito de tão engraçada brincadeira? Nenhum de certeza. O empregado fez algo que eu não faria, que foi, não fazer népia.
Abandonado o casamento, fui em busca de sítio para pernoitar mais a miúda. Na ausência de reserva prévia, dirigimo-nos a um sítio que nos tinham recomendado previamente. A residêncial em causa estava com dois quartos reservados, mas os reserveiros ainda não tinham chegado. Ao exercer uma certa pressão sobre o funcionário, fizémos com que o mesmo chegasse ao ponto de abrir a agenda e dizer: "eu tenho aqui nove números, como não sei qual é o deles vou telefonar para um qualquer...".
Recordo que já passavam largos minutos da meia-noite.
Infelizmente os reserveiros estavam por perto, chegaram e fizeram com que fossemos pernoitar a um hotel de primeiro mundo, pagando para isso, preço de primeiro mundo.
Hoje voltei ao 4º mundo. Estava tudo a correr bem, não fora chegar a gata Fofinha. A Fofinha é talvez o animal mais azarado que conheço. Os donos, um casal com os seus 60 anos, deslocam-se naquelas viaturas para as quais não é necessário carta, mas que se conduzem como os carros, a gata tem Leucemia Felina e nesta altura está com mais ou menos um ano de idade e umas 10 consultas na clínica sempre à conta do mesmo. Corrimento nasal purulento, com tosse, febre, espirros, corrimento ocular... O tratamento acaba sempre no mesmo e com o final do tratamento, as queixas são sempre as mesmas. Desta vez a dona resolveu fazer uma inovação. Deixou a clínica com a recomendação de não acabar para já com o antibiótico e foi para casa. Passado aí uma hora entra a chorar pela clínica dentro e a dizer: " ai, doutor, salve a minha fofinha, eu não sei o que ela tem!". A gata estrabuchava à grande e à francesa e tresandava a Pecusanol, que para quem não sabe não é lá muito aconselhável utilizar com champô anti-pulgas em gatos. A dona lá disse que tinha dado banho com o tal produto e que ela começara logo a ficar muito esquisita, até começar a mandar uma pata para cada lado. A minha reacção foi virar-me para a senhora e perguntar-lhe: "Saiu daqui nem há uma hora, não sabia perguntar se podia dar banho com o produto? Há maneiras mais fáceis de matar a gata, se quiser em ensino-lhe umas quantas..."
Sei que não fui simpático, mas são estas atitudes que infelizmente caracterizam o país onde não queria viver. Ou melhor o país onde não queria que esta gente vivesse.
Penso que se deve qualificar o país pelo cuidado que tem com os bichos e pelas atitudes que se tem em casamentos. Daria uma boa escala. Assim mesmo, já não temos muito por onde nos orgulhar.
O casamento e a cena do dia no trabalho voltaram a colocar a fasquia do desenvolvimento nacional bem perto do período antes-quinta do Lambert. Já sei que na maioria dos casamentos há alguns convivas que alcoolizam-se em demasia e que no final há sempre, a já conhecida, merda. Este não foi excepção, alguma besta alcoólica fez o favor de enviar um empregado do casamento para dentro de uma pesudo piscina/tanque à beira da qual os noivos partiam o bolo da praxe. Escusado será escrever que o empregado envregava na altura na sua mão direita, uma bandeja onde estavam pratos com bolo... Qual o propósito de tão engraçada brincadeira? Nenhum de certeza. O empregado fez algo que eu não faria, que foi, não fazer népia.
Abandonado o casamento, fui em busca de sítio para pernoitar mais a miúda. Na ausência de reserva prévia, dirigimo-nos a um sítio que nos tinham recomendado previamente. A residêncial em causa estava com dois quartos reservados, mas os reserveiros ainda não tinham chegado. Ao exercer uma certa pressão sobre o funcionário, fizémos com que o mesmo chegasse ao ponto de abrir a agenda e dizer: "eu tenho aqui nove números, como não sei qual é o deles vou telefonar para um qualquer...".
Recordo que já passavam largos minutos da meia-noite.
Infelizmente os reserveiros estavam por perto, chegaram e fizeram com que fossemos pernoitar a um hotel de primeiro mundo, pagando para isso, preço de primeiro mundo.
Hoje voltei ao 4º mundo. Estava tudo a correr bem, não fora chegar a gata Fofinha. A Fofinha é talvez o animal mais azarado que conheço. Os donos, um casal com os seus 60 anos, deslocam-se naquelas viaturas para as quais não é necessário carta, mas que se conduzem como os carros, a gata tem Leucemia Felina e nesta altura está com mais ou menos um ano de idade e umas 10 consultas na clínica sempre à conta do mesmo. Corrimento nasal purulento, com tosse, febre, espirros, corrimento ocular... O tratamento acaba sempre no mesmo e com o final do tratamento, as queixas são sempre as mesmas. Desta vez a dona resolveu fazer uma inovação. Deixou a clínica com a recomendação de não acabar para já com o antibiótico e foi para casa. Passado aí uma hora entra a chorar pela clínica dentro e a dizer: " ai, doutor, salve a minha fofinha, eu não sei o que ela tem!". A gata estrabuchava à grande e à francesa e tresandava a Pecusanol, que para quem não sabe não é lá muito aconselhável utilizar com champô anti-pulgas em gatos. A dona lá disse que tinha dado banho com o tal produto e que ela começara logo a ficar muito esquisita, até começar a mandar uma pata para cada lado. A minha reacção foi virar-me para a senhora e perguntar-lhe: "Saiu daqui nem há uma hora, não sabia perguntar se podia dar banho com o produto? Há maneiras mais fáceis de matar a gata, se quiser em ensino-lhe umas quantas..."
Sei que não fui simpático, mas são estas atitudes que infelizmente caracterizam o país onde não queria viver. Ou melhor o país onde não queria que esta gente vivesse.
Penso que se deve qualificar o país pelo cuidado que tem com os bichos e pelas atitudes que se tem em casamentos. Daria uma boa escala. Assim mesmo, já não temos muito por onde nos orgulhar.
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