A casa construída pelo telhado
Como em todos os ofícios, o meu tem que se tentar dominar começando pelas bases, pelas fundações/fundamentos. Saber o que é um cão, diferenciá-lo de um gato. Saber que os machos têm um pênis e que as fêmeas não, são bons fundamentos para se começar. Mas de um médico veterinário até se espera algo mais. Talvez em alguns casos não se espere tanto...
Eu já tinha ouvido interjeições giras de técnicos da área. Passei-me quando alguém a ver um cão defecar de esguicho perguntou se ele estava a urinar pelo ânus, mas hoje não houve hipótese para esconder a ironia e o descalabro.
Recebi uma carta de um hospital veterinário a dar-me a conhecer o problema do animal que eu tinha à minha frente, juntamente com o tratamento já efectuado. A história era estranha. Uma gata que não conseguia urinar. Raro, pensei eu. Nada a que não estivesse habituado em Vialonga, mas enfim...
Preparo-me eu para ver a genitália do animal e dou por mim a olhar para um pénis de gato e a um escroto vazio. O gato, adulto, tinha sido encontrado há 3 meses, alguém entendido disse aos novos donos que era uma gata, o animal teve uma obstrução urinária e o veterinário que o consulta faz-lhe tudo sem se questionar acerca do sexo, mesmo estando perante uma gata obstruída?!?! O normal seria tentar observar a dita da bicha, mas para quê se se pode ligar o ecógrafo, rapar a barriga ao animal e espetar-lhe uma agulha para recolher urina?
Com tanta máquina que faz "pin" porquê optar pelo básico? Francamente...
De facto, assim não vamos a lado nenhum. Já não falo em competências técnicas porque isso iria dar muitas linhas de escrita, mas pelo menos saber que animal é que estamos a ver e enquadrar o problema no bicho seria de esperar de quem tem número na (des)ordem dos médicos veterinários. É que por pouco não diagnosticou uma infeção uterina ou um tumor de ovário...
Com tão pouca informação que os bichos nos dão, se calhar era bom pensar e usar os mais básicos dos materiais, aqueles que já vêm connosco: olhos, mãos, ouvidos...
Há tempo para exprimentar agulhas, ecógrafos e coisas afins..
Eu já tinha ouvido interjeições giras de técnicos da área. Passei-me quando alguém a ver um cão defecar de esguicho perguntou se ele estava a urinar pelo ânus, mas hoje não houve hipótese para esconder a ironia e o descalabro.
Recebi uma carta de um hospital veterinário a dar-me a conhecer o problema do animal que eu tinha à minha frente, juntamente com o tratamento já efectuado. A história era estranha. Uma gata que não conseguia urinar. Raro, pensei eu. Nada a que não estivesse habituado em Vialonga, mas enfim...
Preparo-me eu para ver a genitália do animal e dou por mim a olhar para um pénis de gato e a um escroto vazio. O gato, adulto, tinha sido encontrado há 3 meses, alguém entendido disse aos novos donos que era uma gata, o animal teve uma obstrução urinária e o veterinário que o consulta faz-lhe tudo sem se questionar acerca do sexo, mesmo estando perante uma gata obstruída?!?! O normal seria tentar observar a dita da bicha, mas para quê se se pode ligar o ecógrafo, rapar a barriga ao animal e espetar-lhe uma agulha para recolher urina?
Com tanta máquina que faz "pin" porquê optar pelo básico? Francamente...
De facto, assim não vamos a lado nenhum. Já não falo em competências técnicas porque isso iria dar muitas linhas de escrita, mas pelo menos saber que animal é que estamos a ver e enquadrar o problema no bicho seria de esperar de quem tem número na (des)ordem dos médicos veterinários. É que por pouco não diagnosticou uma infeção uterina ou um tumor de ovário...
Com tão pouca informação que os bichos nos dão, se calhar era bom pensar e usar os mais básicos dos materiais, aqueles que já vêm connosco: olhos, mãos, ouvidos...
Há tempo para exprimentar agulhas, ecógrafos e coisas afins..
4 Comments:
A sério??? De onde veio esse caso? da 5ª dimensão?
Não. De um hospital que ambos conhecemos...
Dassse... quem foi o génio?
Depois digo-te.
Enviar um comentário
<< Home