quarta-feira, junho 20, 2007

Azar de uns, sorte de outros

Chego a esta terça-feira com a sensação de renascimento.
Durante o fim-de-semana que passou a patroa passou-me o estaminé para as mãos, que é como quem diz, bazou de férias. Fiquei a trabalhar pelos dois, o que não é propriamente uma novidade assim das grandes, mas como prenda pela sua ausência, deixou-me o telemóvel das urgências.
Pela terceira vez este ano este "presente" chegou às minhas mãos e quando isso acontece é quase certo que sobra sempre para mim o que nos outros dias não sobra para ninguém.
A sexta-feira e o sábado passaram-se a trabalhar em demasia e o domingo era a única alternativa ao descanso. Morto e a arrastar-me pedia a tudo para que a besta do telemóvel me deixasse em paz. O objectivo seria atingido se um gato não se tivesse lembrado de tentar morrer atirando-se de um quarto andar.
Dois dentes a menos depois e uma ferida no queixo permitiam que o gato se conseguisse transformar em tigre e tentasse arranhar toda a gente que se chegava nas redondezas. Menos bom para os outros, menos mau para ele. Meia-noite e eu em casa.
Ontem e para finalizar uma dilatação/torsão de estômago. Um cão a dever anos ao criador resolve meter o estômago para trás das costas. Toma lá cirurgia às 22 e internamento de merda, literalmente, até ao final em beleza às 5 da matina com o cão a subir ao andar de cima.
Hoje a patroa já chegou e eu abandonei o demónio em forma de telemóvel e surpreendentemente, ou talvez não, volto à vida...